quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

FRANKSTEIN AINSTEIN

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário - Albert Einstein.
E alguém me responde: Não percebi!
SILÊNCIO. Numa caverna escura um homem cria outro homem. Corta e recorta. Cose, aperta, desfaz, repensa e eis que surge um novo homem. Não é bonito de facto mas com tão pouca luz difícil seria fazê-lo perfeito. Na ausência da palavra falada este novo homem descobre um dicionário. Dá o seu primeiro passo na página "S" donde aparece "Santiago": Nome Latim - Significado: Alegre.
Alegre que tão pouco rima com greve, sede, fome, gente, descontente ou crente. Passou à frente. O dedo percorreu umas tantas linhas e parou na palavra "Sucesso":
Aos 02 anos sucesso é: conseguir andar, Aos 04 anos sucesso é: não mijar nas calças, Aos 12 anos  sucesso é: ter amigos, Aos 18 anos sucesso é: ter carteira de motorista, Aos 20 anos  sucesso é: fazer sexo, Aos 35 anos  sucesso é: dinheiro, Aos 50 anos sucesso é: Status, Aos 60 anos  sucesso é: conseguir fazer sexo, Aos 70 anos sucesso é: ter carteira de motorista, Aos 75 anos . sucesso é: ter amigos, Aos 80 anos  sucesso é: não mijar nas calças, Aos 90 anos . sucesso é: conseguir andar.
Riu-se. Ironicamente será isto a vida lá fora? Procurou a definição de "Trabalho": ocupação, profissão, osso duro de roer, um abacaxi para descascar, macumba, esforço, mão de obra, despacho mandinga,coisa-feita, maldade, feitiçaria, empenho, catimbó. 
 Ficou  confuso. Porque sentia necessidade de tudo classificar como bem/ mal, certo/ errado. Estranha dicotomia. Porque serve para o bem ou para o mal ou porque nos faz bem ou nos faz mal? 
Nenhuma das duas: Porque nos serve para alcançar o Sucesso. E recuando na definição atrás apresentada, Sucesso entendido como resolução de tarefa proposta com alcance de objectivos pré-estabelecidos. Muito 
retórico?  Falemos então de prazer. E Eis que na caverna se ilumina a nova cabeça. Passo a passo, lá fora, do lado de fora, o prazer da descoberta de tudo. NÂO. O criador irritou-se. Faltava cumprir o seu primeiro objectivo: tinha criado um novo homem para ser um espelho de Si mesmo, cansado de pensar para dentro em solidão. Faltava conhecer por dentro, através do outro. Egoísmo? Não foi Einstein que o disse mas responde à questão: o amor é sempre um egoísmo a dois! Pelo menos, no ÌNICIO!

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