Como
quando a seara chegava ao pescoço e ficavas para trás
e te atirei para dentro de um poço e disse: agora nada
e o passeio que sem aviso te tomba e te rasga o joelho
para que é a luz acesa ou a boneca coelha à cabeceira?
Como
te preparei para seres forte e a borboleta na almofada
para te guiar na noite escura agora e na hora certa
te ensinei letra a letra e deixei que chorasses de raiva
porque a vida seria muito longe de um conto de fada
Como
sempre te protegi com a mão
ainda que dissesse
que não
que por um certo e vago momento
a larguei
e que por ti mesma seguiste
e eu sei
que a sentiste como
se sempre lá estivesse
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