retirava das mãos qualquer coisa embrulhada
que se colava apoplética a uma carga de nada
que estivesse onde fosse, uma pistola ao lado
uma canoa furada, uma colcha suja esfarrapada
talvez um montão de lixo que de místico fora
reafirmando em telegrama beijos molhados
de quadrados da chuva, abandonando como sua
a experiência no fundão: ai não faz assim não!
e na incrível simplicidade o calhambeque pegou
por obra de um naco de carne, na sua voz soou
quero um fato de treino! e a miúda pássaro acenou
praticando voos rasos sinto apertados os sapatos
das costas da mão sai então um chavão: coração
tenho apenas uma bala que da recusa nos afasta
songas sarcásticas sombras na crescente largura
alguém gritou lá do fundo: que puta de planura!
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