vai passando de mão
a primeira folha a arrancam
o lápis se desgastando renovando
afiando-se a si mesmo na rugueza
em cada ponto de riso e tristeza
Começamos sempre pelo fim
Caseando depois rematando
no improviso sem giz
o céu ao longe parecendo feliz
dias decididos e por isso, nossos
mal me quer, bem me quer
é o amarelo do girassol e o verde
das folhas que caem dos ramos
nos despedem ao ver-te caminhas
constelado de beijos de andorinhas
que esse botão tem um só
um lar, um chão
e nesse caderno de mil folhas
caem lágrimas estalando
os dedos de emoção
ressurgindo a cada
nova estação
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