de raízes raiva tenho, uma carcaça livre
a pele escarrada de faísca mórbida
um cancro dormente que me aguarda
arqueado gentilmente no vinco das estrelas
faço, pouco do meio de um quarto
uma poltrona de aço, e do vácuo o começo do sexo
tenho, o instinto de uma lula palestrante um insecto sardento perismatico
que liga metálico do reflexo ao umbigo
anda, a lingua trança, renascem pontos dos dedos
saltos do degredo dos becos, e máscaras para o efeito de lóbulos de cinza
tenho o apetite da planície em obstrução
o defeito da pálpebra lençol
o corpo nu em áspero rancor
e a sensação de amarra em diques lunares
que a janela escorre para o fim da noite
porque, criatura de transferência
deliberado o copo serve me de profecia
e ao meu olho o assassinato colectivo da nova ordem
o grito, o grito,
E o silêncio sepulcral do infinito
Tu não consegues matar o esqueleto
retro salto sem escudo ao além túmulo
a cidade do pecado em gráficos de azul espacial
e buracos, tantos buracos para um ponteiro laser frenético
que ao olho leigo faz tecto
Havia o
Reflexo anisotropico de filamentos de cabelo morto
uma especularidade eridescente de alma decomposta
a reflexão cáustica do fim da era da palavra
e o que resta, diáfano, a melancólica ausência
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