a colina fria tomada por galhos de travessão
gradações de negros e cabelos iluminados
pela via directa das estrelas o leito do alaúde
ecoa vocábulos e manipulação de mandrágora
utiliza-se o veio do infinito oráculo hiperligação
e as sombras flexionadas parece que dançam
na posse de um acordo há muito definido
nos contrastes do remanescente de outras vidas
as colinas assim descritas são alvéolos guturais
não há vivo ser que por aqui caminhe uniforme
trágica a massa visual da solidão flutuante
que património onírico foi detido
é o peso das linhas impostas e urbanas
livre engolido ficando-se pelo mistério de nenhures
o natural quebrado
os insectos fogem para se infiltrarem na pele
gerados em cubículos do desespero
com termo asas agora cimento
vectores à prova de variações oblíquas
esse sobreosso que depois nos originou cascos
a cidade dos mortos violenta
uma máquina de guerra em forma de torre
periscópio e radar blindagem e comando
tudo são viadutos robóticas de futurama
e uma locomotiva atravessa o gelo...
as vigas unem-se no céu para cobrir de cúpula
uma gaiola eminente e admirável
impresso no peito de um ser pergaminho
das luzes que esparsam acima de nós
visitam enfim a sua obra
seres e pedaços de nós...agora espaço
como se escreve o passado sem futuro?
assim se criaram os homens das estrelas
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