No tuberculo da urgência um rigor ócio
musgo de absinto na medida de um volume
sobre a branca paisagem formas de ferro
que exprimem a fronteira do véu manipulativo
centenas de pássaros passageiros
na imóvel assinatura da insónia
mão sem terras ou pedaços de estrelas
que dançam corporativa mente ou lavam
diz o guarda versos febril nas margens
Liturgias...quadros de negros a carvão
casas onde perfeitamente nos deitam
aquecidos pelo sol de leds em hematomas uniformes
dormem de olhos abertos...sem itinerários
o tecto desenha opio do trópico de capricórnio
um tigre manta que mergulha o corpo no pântano
afagar de quente os pés que não se tocam
Bálsamo de leitura dúbia tamborilando
formas de barro incompletas da vida
a água corria subterrânea lava feridas
e das fossas entubadas violentamente frágil
a vida indo se a cada nova respiração
os corredores são ossos de inverno
e na cabeça memórias cordilheiras cerradas
queria andas astrais para daqui evadir se
o guarda versos delirante rinoceronte
luta numa voz tão crua quanto a lua
há monstros no céu...terror no cancro pulmonar
as janelas vitais vitrais de corte e rasgo
porque não se é de porcelana não se atira ao chão
e as rosas brancas não são senão miséria
heróis? ainda para abraçar a morte era preciso
pedir para dançar e rum..onde quer que esteja o céu
e nesse céu se é só um
naquele céu se acredita...
Tinha na cabeceira um postal de areia branca
ruminar no silêncio do alvorecer para ver
que o poema se refez uma última vez
com o rigor ócio de um ofício terreno
para acabar com o homem enfermo
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