na linha da candeia alumiada de espectros
no escrutinar da noite
no escrutinar da noite
o garrote da terra destinada aos confins da galáxia
para a fundação de um grande buraco
no lugar de dentes brancos regulares
havia lâminas giratórias nebulosas
com os seus nervos e veios mortos
a casa levantando voo para ser engolida
no lugar de uma ideia repartida
aqui espião da escuridão
esta janela helicóptero espelhado
é como se o meu corpo fosse estrela
há muito espiral de confinamento
e um quarto de restos para o alimento
aqui um verso pilotado ao universo
computadorizado ao espaço
a aura paradoxal que a nave comporta
como se as coisas mortas fossem essência
para combater uma frota de vivos em dormência
havia um dedo delicado pousado no casco
uma ventriloteca de vocábulos estranhos
motores químicos a um nascimento artificial
de um sol que se extinguiu no fundamental
no limite de uma frota imperial
no entendimento da física da distância
escuto só, a quarentena do voo armado
mulheres de binóculos e instrumentos musicais
para a mobília lisa e limpa da cúpula
mulheres vertendo dos seios lava
e a silhueta de uma placenta inchada
é como se tudo estivesse preso
um dedo sobre um círculo de luz
o perfil de uma mesa inclinada
onde nada e absoluto
um quadro central de comutação
com elétrodos contra os olhos do crânio
encontro-me flutuando de sonho em sonho
lugar de um concreto assustador
o corpo range de prazer e dor
com a sentença de se acordar com os pés
do lado de fora da terra
sem perda, sem perda
da acuidade mental que nos concreta
como se estivesse segurando as mãos
uma na outra em vão
concreta, concreta
pela superfície de uma tecla
estaremos no espaço sideral
no cessar do dilúvio de palavras
que a gravitação que causa o mundo
compêndios de programação do absurdo
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