É no inter-espaço que se verdadeiramente é
na ínfima fronteira entre cada uma das células
no gesto em slow motion aquase em grau zero
no momento em que nos abandonamos ao sono
mesmo antes de nele cair, no silêncio absoluto
quando nenhuma voz de dentro sair, o cérebro
e o corpo, em total repouso, liberto das coisas
das ideias das forças, dos medos, dos sonhos
é precisamente nesse espaço, que somos...
E que enquanto da nossa sobrevivência
estivermos ocupados, sufocados, morfinados
e o espaço se sobrepor e alastrar por zonas
ditas musculares e ossais, capilares e unhais
e ditados orientados pelo tecto pelo estômago
e o valor de troca for o desespero...números!
Incontáveis micro, nano, pico...peões do sistema
Já se sabe, a esfera não é perfeita, e o vácuo...
a maior arma que na mão errada, na pressão
no limite, na sobredosagem, no abuso intruso
que se esgota! que se explode! que se evade!
E que tudo isto é verdade, já se sabe...
E que tudo isto é desastre, já se sabe...
E que tudo isto é o oposto do suposto
Guerras de Espaços, de Vida e Morte
Era de Vácuos Mecânica Sorte...
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