dobra a carta com um certo carinho
diz que é da medicação que a deixa mais meiga
-olha aí está ele, esse traste..eram outros tempos!
eram armeiros, muitos irmãos que se juntaram
-era muito nova, nem sabia o que estava a fazer!
como sofri e lutei para encontrar a paz depois
-rasga isso tudo, não vale nada ao teu futuro!
íamos de comboio, mandava-se esperar por nós
-sabes que afinal encontrei o silêncio?
esteve onde nunca partiu, dormindo comigo
-não quero o meu corpo a decompor-se na terra!
sal, é preciso é sal, e das lágrimas se bebem
oitenta anos que se despedem
Tua para a eternidade,
Santiago
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