segunda-feira, 26 de maio de 2014
Há uma voz...
e numa espécie de soluço de ocasião
tudo parece ter voltado ao lugar
Ela está no meio de nós: é hora de abraçar
-Compreendo as suas palavras Doutor,
mas não gosto que se rotule assim a dor
E tinha ainda um cachecol para o caso
de a garganta não cicatrizar
Há que improvisar as grandes massas agitar
fisicamente estou-me a preparar
com um ar triste e doente
continuamos a dormir de mãos dadas
e a ser complacentes com a negligência
e das pernas ao umbigo o erotismo
apetecia-me nadar nua no Nilo
-ouvi dizer que está demasiado poluído!
sempre em erecção, seja qual for o sonho
vamos experimentar: estupidez universal
o filho de Deus está a bater na porta
esteve toda a manhã num desassossego
infernal
-voltou, voltou a voz categórica ou amorfa
em todas as línguas, o ideal estético suicida
a negação absoluta - estamos na merda!
a voz é esquizofrénica
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