segunda-feira, 5 de maio de 2014

Jayadeva

que se construam diques
que me faltam fronteiras

também o sabias se sentisses
os laços que corroem o sonho
moldando barrentas montanhas
ondas onde se afogam crianças
já se esqueceu e nem aconteceu
e se escolhesses outro alguém
para me pisares as entranhas?

Jayadeva

porque não me sai da cabeça
como carícias de fel e manto
pequenos gestos que cintilam
cegando
em audácia lágrima de água
e tudo o sufoco de uma oração
que arde o coração no fogo

Jayadeva

a liberdade já me custa
atrás das paredes do decoro
está uma estátua de pedra dura
a minha fonte em securas
do bebedouro corre o soro
que milagra bens em tesouro

não vens?









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