sexta-feira, 19 de outubro de 2018
de passeio em distorção
ao limbo âmbar de raios oblíquos quentes
o salto do unicórnio o sangue fresco do cisne
à equação do fim do tempo a alma portuária
o cenário fluído prismático que trago comigo
sobre um parapeito debruçar-me
baloiço de ataques da melancolia
o vento mutante dos pântanos de alcatrão
répteis desaparecidos dos pontões
o tráfego das raízes relâmpagos bifurcando
de quartos de contenção em fuga planador
grandes rochas deslocando-se no efeito fluído da dor
cobrir-me de distância erguer-me de uma colina
e esse coração península controlando a respiração
um corpo serpente de escamas e juba
a água corrente apertando o gatilho
linhas reptilíneas escapam-me da língua
a cabeça na trajectória do horizonte instável
deito-me ao chão desaparecido de beira de plataforma
as pessoas passam como notas de rodapé
partem do hangar de sopros cintilantes na água cobalto
a foz da vida a deslizar-me sobre o rosto
emergido de um buraco ventral colidindo emergindo
no alumínio de uma bacia de espectros
do aparelho monolítico esfoleado selvagem
pedras maiores de uma simples molécula
respiro para me brotar das fendas
e cruzar-me com a planície das sombras
e suportar o peso da besta nas costas
e soberbo sentar-me num banco de nuvens
no hábito arbitrário
de me sentir vivo
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