havia paisagens alagadas de sol
rijas de céu impetuoso de horizonte
e secundárias entre colinas intermináveis
a luz vai se reduzindo para lá dos baldios
graduados pelos parques colaterais de um fundo de cinzeiro
uns por trás dos outros, periféricos
como bairros à beira de cidade tecido
avançando de povoação de passagem
a vida é tão estranha de voragem
avivando de cores à luz de candeeiros
uma pensão familiar segundos depois de explodir
duplicai vos nas portas dos espelhos
deixai um passaporte confiado de chaves
e uma tarde aberta em direção ao porto
somos velhos prédios portuários subúrbios
de encantatória acumulada extensão sem forma
em bombas de gasolina de estrada forma
imaginei penosa essa pensão uma sala de restaurante
alguém saído morto
e um quase ódio fundido
depois o sol esbatido na caixa registadora
o balcão de ruas desertas
contrariando as malas
entre o mofo e a alfazema de fundo de armário
Há tanto labirinto de fundo de armário
e o banho da claridade da manhã
a água caindo na impaciência imaginada
actividade de hóspede enevoada ao vapor
e todo o precipício da tarde...
sinto impunidade acerca deste vapor
entregue e consumado natural
á identidade sombreada de qualquer riso democrático de um ser
paredes cegas portas desconcertantes
e um jardim arrepiado de sequências de escamas de alma
e de subitamentes encontros de bem estar
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