sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Indústria da cegueria

o tempo muda o amanhã
muda agora, muda a hora
muda a certeza e a dúvida
muda até o próprio tempo
como uma rajada de vento
e hoje agora já não mais o és
e depois quem sabe o que será
então para que são as pressas?
quicá quisera em vez de espera
de te obrigares a ser como te rodeia
de desespero de perder a teia
acabares perdido do sentido
que afinal valeria a pena ter nascido
e tudo isso é apenas o começo
de enleios entremeios e enganos
de tanto insistir em ser feliz
que o tempo de o ser passou
e acaso ninguém reparou
que foi como se diz:
que o tempo não esperou
e alguma coisa mudou?



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