quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A par de nada

Só dunas
que a mão amacia
muitos quilos de peso
que se encostam a dentro


Rebolando
cabelos na bacia
a manhã que rompe
apreensiva

Temia por excesso
de imaginação
gentil respiração
de fronte ao espelho
o heroísmo

De propósito
cortando na pele
a custo de pouco
indo a caminho
do fosso

Repudiando
a vaidade
de um adeus
ingrato

Tanto tempo me levaste
para crescer

Faz frio lá fora
não faz?

Entre
a meada e o desgraçado
a geada e o embrulhado
dessa morte
no entorpecimento
se perdeu um norte
um qualquer
por atropelamento
do momento
por dentro

E ela não quer partir
rapidamente
se atavia de tudo
que energia
que vem do mundo
agora
a sinto como tudo!


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