segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Matinas

se aviste uma migalha de latim
ao magicar, mato e silêncio
In saecula saeculorum
mas a faca do imaginário corta
a eito meio torta - no seu encalço
que nem à troca soturno navio
de piratas de devaneio corvos
se os lobos vierem a bordo
o amo anda desvairado
não há terra que lhe finque pé
-bonito dia para tempestades!
estico um braço, aponto o dedo
afasto as nuvens das portas do céu
caustico vagabundo fera abatida
pelos espelhos feios do mundo
a garrafa que dá à costa um dia
trazendo boas velhas profecias
-notaste algo de insólito?
apenas goelas, ossos e pedaços
de sorte
em palavras meigas, tal sirena
de pernas hirtas e aos tropeções
-o mundo está cheio de morte





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