na minha pele
sinto o rugoso tempo carapaçoso
vejo-a
como uma vestimenta que me cansa
não mudamos de pele a cada estação
não mudamos de estação
não mudamos sequer
é por isso uma pele que nos cansa
epiderme que não se renova
espaço de células que morrem
de horas que nos envolvem
não sei que tem a minha pele
diz que a macieza se emulsiona
se emociona arrepiando
no movimento circular de uma mão
na boca quente e húmida
que a beija
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