quarta-feira, 1 de julho de 2015
labirinto vita
Ascética, mulher vem dançar moribayassa
tresloucada
trazer o olhar pisado soçobrando o canto sacra
mas arejado fenómeno climatérico
é esta cabeça batendo no tecto
afiançar
estafadeira de humores da bílis e auto flagelação
para limpar a cinza do coração
estrépito
a sineta do blasfemo de regelar falsos esqueletos
antes de estarem afeitos no corpo
multicelulares relojoeiros
baptisfério a precisar de conserto
subterfúgios de comentários ácidos
energia consagrada de emigrées
dera estalos encarcerados
anacronismos de queixumes
imitação credível de simples bagatela
Ah toda a vileza do pensamento
"seul comme un rat, nu comme le dernier des clochards"
artigo neurológico esburacado
ataque do coração, a entoação inocente
agonizando a corrente
do cubículo de algibeira
o juízo perfeito de tónico áureo
mas lúbrico cáustico regenerado bastardo
monstro espírita parasitário vítima em defesa
O ocultismo desta vida:
deus seja louvado escondido no seu buraco
dúzias de fontes fulas
misto de afeição e gozo
aborrecer-se da morte
cargueiro de anjos solícitos
chão firme a repatriar as minhas raízes
do deixar arrastar da maré
a morada no papel de um dragão ferido
coberto de traços acabrunhados
hipersensível a picadas de agulha
sarna (beco sem saída)
em uníssono gritámos e içámo-lo
Quando acabará tudo isto?
o que importa é sermos felizes
Mas...
a floresta tem sempre troncos abatidos
grandiloquente o tom da sirene
o pulmão das tormentas chegando ao chão
bonecos de borracha, esgotados ao crepúsculo
a fúria de aguentar mais um minuto
coração de pedra (sem saída)
a verdadeira tortura cumprida na garganta
nunca se sabe o que vem de nós, gorjeta?
do poisar da chave na gaveta
e ter o coração à boca
Elle est lá!
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