terça-feira, 8 de março de 2016
a pequenez de um poema
que é da terra com caminhos?
das sementes, dos nossos filhos?
afogo-me em palavrões futuristas
que nunca hão-de querer dizer nada
escrevo em código morse
escrevo para os malabarismos da morte
dói-me um punhado de ideias
dói-me até por dentro das veias
construções de areia
para teias sem aranha
o eco das palavras destroços rasgadas
é que além desta janela
não se alcança outra janela
inventaram outro rio,outro cais
donde partiram outros ais
inventaram outra morada
para onde creio que fui aventada
contra uma parede de mágoas
há-de à beira da loucura
ferver o esquecimento desta ditadura
de termos que nos fazer gente
seja lá o que isso represente
há-de ser o derradeiro momento
em que os olhos encontrem o olhar
de um longínquo possível
palavras atiradas ao firmamento
que é lá no infinito que anda meu entendimento
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