um simulacro de existência
o náufrago chega a uma ilha criatura
povoada de processos
Ideias implantadas
de um credo manicómio
a sombra internada abaixo de terra
em flexão um mundo rural
as estátuas falsos jubilados
um poeta desidratado
pela transição de reminescências
a vivência da paisagem
desencantar um mapa do corpo
da textura do osso e dos lábios
uma lágrima singular
nunca vem só
e recebe a inesperada visita
da solidão
antigas fábricas da velha cerâmica
que nos reveste a alma
das conchas o que sou...Ficou
pedestres guiados pela rosa dos ventos
um comboio de passeio ou teleférico
estou de visita ao meu edifício solar
quando um panteão de pérolas a acordar
abandono-me em queda sem mistério
a água caindo em liberdade
assente um mundo sustentável
para quem nunca tocou nos seus olhos
essas são as pérolas em oficina de luz
ou talvez as cidades que caem em sonhos
uma coisa assim perfeita
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