terça-feira, 5 de abril de 2016
& companhia
reconhecer-se
o vício descontrolado magistral
na mão dos contínuos vocábulos
as ferragens do silêncio
sobre o tic-tac do intenso calor do dia
das paredes abafadas
pela toca dos ratos
pelos buracos da meia
tudo tectos baixos
para casas caiadas da ignorância
porque a poesia se pisa de pavimentos
incoerentes
as delinquências
faíscam pelas pedras da calçada
os saltos de verniz pegando fogo
havia um ramos de flores
murchando na paragem do socorro
o tapete verde da entrada
candeeiros latejantes de bafio escriturário
um diploma ao pendurão
tomando o maior lugar do coração
há um ser inquieto no sósia que encontro no espelho
no ar contrafeito que enxuga o peito
porque os poros já não transpiram vida
há uma alma de reserva que parece estar esquecida
entre os detalhes do compromisso
do ser-se isto ou aquilo, das nove às cinco
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário