o enigma da malícia tem passagem no passado
de companhia cripto encefálica e além trevas
conduz-se na cegueira de um planeta virgem
porque mundo nenhum de amanhã
De andas a imortalidade é pombosa
cratera de cidade de luas e espaço interior
somos assim príncipes de âmbar e cepticismo
às vezes dissipa-se...para-se de pensar demasias
ritmos do afago e formas de sentir de facto
hoje sinto-me estonteado
o mais sensato dos seres pousou-me fora do peito
se calhar foi sempre assim distraído
torna-se claro como agulhas em noites de nevoeiro
torna-se mais claro por cair do peito
fecho os olhos com força, o pestanejar das ondas aguentam
não há nenhum acidente torto nem ancas largas
deixa-se entrar a luz com injeção adrenalina
e rápido é tão rápido como tudo se dissipa
andar de edifício em edifício sem trancas
fragmentos de sol pela janela
estuda-se o caminho pelos corredores
e metros de escada em privação de narcóticos
aquele nome nada me diz...tenho o desejo de o matar
como sina fosse ou outro motivo de raiva
assim que os nomes são motivo de arma
ou violação de lei ou morada
entre carvalhos escuros no interior da gota
ouve-se o eco sem roupa composto de esmalte
assim nunca serei biblioteca...apenas momento
encerro os maravilhosos olhos do pensamento
pedaço de pão fresco na gaveta
que nunca me triturará com os dentes
há um ruído perturbador no arder da lenha
no alinhamento dos cães fora da barriga
no resfrear das sombras sem luar
e operações cirúrgicas a seco
a mente entrem-se a folhear o caderno anatómico
como um baralho de cartas por jogar
espadas por lutar e dívidas ainda por cobrar
Ajoelha e espreita..está lá fora tudo por estrelar