segunda-feira, 31 de agosto de 2015
violinos sem cordas
remoinhando sobre si mesmo
rés-vés a condição
um ser nulo, mas são
esse o timbre do farrapo humano
que muito bem vestido se apresenta
titânica a alma um peso morto
do ultra-sonho narcótico
e as lembranças fantasmagóricas
para uma hipertensão tacteante
as veias rasgando-se da pele apertante
para uma radioscopia do que vem lá dentro
um trampolim hermafrodita: um pé cá outro lá
alforrecas nocturnas ingerindo todas as formas
o pensamento-borboleta não se demora
de todos os cantos da mente há uma nausea simetria
a bigorna do mundo metafísico: palavras com sete vidas
da fossilização uma campainha matutina
tacteante, a vida dolorida palpitante
essa tensão hipnótica que nos rebenta o arco
que antes nos dobrava em silêncio
que antes nos dobrava em silêncio
remoinhando sobre si mesmo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário