quarta-feira, 27 de março de 2013
EXpresso da Madrugada
É o Expresso da madrugada
sobem passageiros
assassinato de um conhecido
vêm jornalistas e curiosos
muita notícia especulativa
alguém matou gente
arma branca, esventrou garganta
no peito, uma facada afiada
o motorista fugiu pela calada
e o bófia faz de conta, que é nada
É o expresso da madrugada
vitoria correctiva
Cosmofobia, raposa velha
o cego e a venda
o leitor e a legenda
avante na ponta da lente
Quem lá passa não leva nada
Quem lá passa não leva nada
que a desgraça, pesa tonelada
é tragédia, em terra sem rédea
notícia sem sílaba verídica
medida que peca por tardia
cosmética para magistrados
o crime tem novos retratos
memoria colectiva, vitoria correctiva
Cosmofobia, raposa velha
a venda
o leitor e a legenda
avante na ponta da lente
Espero por ti, sigilo, zelozo
arranjos ou concertos,
trabalhador, honesto, procura, executa,
vidente ataca ladeira,
semanário, quadro idílico,
mediação, cabecilha,
100 km de fuga, perdeu-se, controlo
é crime, calote,
eu número, de sorte
fantasma, assinatura de um crime
lei pouco severa
enforcou amigo e saiu para comprar vinho
Assassinato de um conhecido
Deixo no páteo uma carta
na teia de uma tarântola
Ecléctica, Esquelética
da cartola sai fonética
canais, temáticos
pombas, macacos, palhaços mágicos
sigílos, bancários, vasto património,
negócio fechado
É o expresso da madrugada
quem lá passa não leva nada ( objecto usado)
É o expresso da madrugada
quem lá passa não leva nada
Séculos e Artigos, e uma garrafa de plástico
ampulheta invertida, lógica do guardanapo
veio a coca-cola e o hamburguer no prato
e a vermelho o passeio, silêncio temperado
o inimigo está entre nós, falemos de perigo
contágio, suicidio, contacto
oremos pelo consumismo, longa vida ao capitalismo
um brinde ao sensacionalismo,
isto sim é jornalismo
Jantamos aqui, ao lado, aquário peixe-mecânico
os anjos respondem, querida entupi o processo
de fato e gravata, casamos, nesta quarta
amante, filho e sarilho, ao fundo da página
isto sim é vida prática
É o expresso da madrugada
querida mãe da velha guarda
onde escondeste a chapa
da máquina que movia batalha
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