quarta-feira, 27 de março de 2013

Pregão

e as bruxas la do sitio, dizem que se apagou
coisas que se mudam, que se trocam ou se vendem
sabes quantas patas ,tem um gato ou tem um cão?
então porque não contas, os dedos da minha mão? 

são cincoooo, cinco sentidos em colisão
pirilampos de néon, a luz cega na escuridão
sou víciooo, e demência na multidão
quem dá mais, último prego em leilão
quero tudo, tudo é meu, é meu
não dou nada a ninguém, é meu

olha sardinha, boa bela e fresquinha
olha a sorte grande, só sai ao vigarista
olha a colher de pau e o cv emprestado
olhó cuidado o bolso, é a pata do coelho 

mér-c alecrim, mérc ao molho do nabo
mé cá restia de olhos vivos
meca à vista, bacalhau com espinhos
ricos marmelos, ó par de melões
pere lá  patroa, a vintém o quateirao
ricas pernas, a que horas fecham?

a que horas fechamos...
o lugar do depois, deixo reservado  na folha
nunca terei horas solas,  nocturno opus 2

versão infernus caotic now,
ele está em toda a parte, e ninguém diz não!

Basta, basta de loucura implantada!!
por cima da minha cabeça paira o país do nada
e as bruxas lá do sitio, reclamam a conta
coisa que já não muda, que se assume como certa

sabes quantas patas tem um gato ou tem um cão?
não interessa pois não, é o pregão do apagão

Pisado, usado e festejado sem afecto. 
Agora tudo faz sentido, com este cravo no peito
 

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