E fugindo correndo
uivando lobo de dentro
de pestanejo artimanha
a cegueira da queda
o moscardo tecendo
já o dia amanhecendo
amando noutros braços
contraída em orgasmos
ela foi metamorfose
de um amor morte
gatafunho de ostra
ou pérola beleza
borboleta agora
voando poesia a fora
platónica nesses versos
tónica de sofrimentos
e dentro do peito
onde se esconde o jeito
abóbora saudade
soberba a eternidade
de um momento
de um encontro
ora dança, ora amansa
o cabo da boa esperança
borboleta roleta cega
da valeta uma ideia
de promessa na teia
caçarola traulitando
nas voltas cozinhando
a vida ao trambolhão
acertando no coração
ora dança, anda vá
tão bonita e nós lá
na calha bifurcada
da distância imposta
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