Serão desmaios da chávena futuros?
de uma migalha um santuário bizarro
o clamor taciturno antagonismos nós
e na cintura a mão no solavanco lida
arfante esse comício doces cóleras
malefício bem, ou palmada nas costas
servil a toda a prova, denso reserva
ou apenas um farrapo tapando buraco
que seja ao menos de cetim e festim
no baile da escola abraço namorados
ouvindo ternuras de começo de vida
mitos que nos correm pelas artérias
para sempre no parapeito da janela
e da gaiola te escapa um papudo
arreliado de barras de ferro digno
de um universo inteiro, pintalgado
de porte elegante e asas prateadas
ainda embaciado, aflorar conecto
e a bola de bilhar rola pela mesa
movediça acesa pelo candelabro
desígnios de jogos refinados só
real e franzido ao imaginário pó
no final da garrafa tudo depósito
tranquilo espaço lácteo incógnito
passo a passo cometendo sítio
apropriando avivando a memória
com ou sem glória, voa errante
por esse céu avante, santuário
foguetão mastigado afrontado
sórdido painel de lábios abertos
vago despertar que nos esmaga
e lança despidos aos confins
assim mesmo sem rimar, feliz
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