Revirando os olhos, a música sacudindo-lhe a tromba
pimba no facebooki que é lá que agente vive, diz-se
que lá pelos montes se gosta de ir às pinhas, adivinhas
é o pão com chouriço e a caipirinha, e a sopa de peixe
a sair quentinha, e o jogo da cavilha e a malta da vila
vem tudo em romaria que é dia de arrebitar o malho
ou mangalho e o tio das bochechas rosetas, água pé
sai mais um cromo para a caderneta e a ela faltam-lhe
dentes na boca...lento, o tempo andando à roda, colhe
meu coração com azeitona, da tua mão uma promessa
e no fundo da albufeira cai o anel, rema que se tarda
damos a volta à ilha, vamos à ginja e ao mochão e tu
preferes sangria, mim verde à pressão, mete no pão
a sardinha e o sardão, de bicicleta anoiteceu, perdeu
de madrugada a chave de casa? tremor de terra, leite
na cama e bolachas, atas agora o ramo de oregãos
mais ar talvez esteja furada, e as páginas rasgadas
e o jardim das estátuas e os cisnes atrás, veloz veraz
que como torrão de alicante só lá encontrarás...
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