de que servem os livros se ninguém os lê?
se morrem as livrarias para dar lugar a gelatarias
andamos todos a comer gelados com a testa!
a culpa é da estatística, da ganância, da política?
a culpa é do punho que só serve para bater
punheta!
daquele batalhar constante para não se sair nunca
da prateleira ou da gaveta
o espírito anda de costas ao arbítrio
fazem-se apostas para aliviar o pessimismo
roleta russa de uma vida atirada ao charco sem
braçadeira
onde ninguém ensina a nadar porque é perigoso
as mãos andam cansadas, abarrotadas de lodo
da fonte só sai o osso e a evidência é elementar
mas nem assim penetra nos muros anónimos
onde todos se lamentam e encostam
e ainda assim pendurada a meia haste a bandeira
porque a nação é sagrada e ordeira!
Ai Portugal, se fosses qualquer outro, partia
o peito ilustre lusitano é cristiano e eusébio
está tudo certo
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