são as toupeiras do sonho
que pela noite dentro
esburacam
identidades do submundo
abrindo túneis do abstrato
me deito ao chão do inferno
o céu é um tecto incerto
intermitências do pulso
que só se sentem no escuro
escavando subcutâneas
as redes da verdade
o veneno da própria sede
nascem buracos do chão
e os meninos que sonham
perguntam:
-será que há toupeiras
no alcatrão?
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