o amor enforcado para a frente e para trás
no baloiço da contradição, forças e tensão
não o reconheceu porque estava de desejo
oiro na boca e veludo agrura, vagabundo
manto azul santa madre aparição de luto
flora e fauna do afecto tentáculo cardíaco
ao abate mácula diabrura paz e beatitude
das suas bombas de cálculos matemáticos
nascendo aberrações mutilados corações
Não - a culpa é do homem
o amor é: uma forma de energia natural
sinergia que nas mãos erradas, agastadas
fracas, distraídas, desastradas: o abismal
o animal ama, o homem pensa e destrói
não mata mas mói
diz o poeta para a santa
-quero saber o sabor do sangue
o espírito da volúpia, da ventura
e a profunda solidão da morte
quero ser íntimo de tudo o que se move
e de longe sentir a falta, a saudade e a fome
quero ser mestre de oficina, evangelista
de uma doutrina a que darei o nome de
Vida
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