E se nada ficar, resta a estética do vazio
afinal era o que queria, cíclico abismo
gosto pouco que me comandem
se elas são autónomas, eu sou ainda o veículo!
E se eu disser não!
Desligo da corrente e então?
E na mente, como um turbilhão
elas dançam e combatem
e riem deste hóspede
com ilusão de comandante!
Raios...resignação impotente
talvez sem elas, nada de mim
existiria neste plano,
tens algum para mim?
Não posso ser apenas gente?
não, elas dizem que não
que me oriente e assuma
e que não volte
em circunstância alguma
a ordenar rua !
segunda-feira, 29 de abril de 2013
II
Conjuga me no condicional, abusa do banal
e se eu for só isso, e se amanhã me bastar
apaga-me desse registo
tal como foi agora, uma puta de uma tecla
bastou por engano, e foi todo o poema!
foi castigo por ter dito, vai embora parasita
raio de tecnologia, facilitismo erróneo
se estivesse num caderno, só o lume
ou ser perdido, talvez nenhum acontecido
e perdeu-se da memória, tal como pedido
arrepio por incrédulo, que as palavras são
enfim a força de um universo paralelo
autónomo de mim, a que devo devoção
irritação! foi traída pela pressa
é que elas vêm com atropelo
instantâneo modo de escreve lo
e se não apanham a linha
fogem como peixe na rima
banal, e se tudo o que ficar
for apenas o que me bastar
anda procura pela tecla
enfim resta apenas apagar...
e se eu for só isso, e se amanhã me bastar
apaga-me desse registo
tal como foi agora, uma puta de uma tecla
bastou por engano, e foi todo o poema!
foi castigo por ter dito, vai embora parasita
raio de tecnologia, facilitismo erróneo
se estivesse num caderno, só o lume
ou ser perdido, talvez nenhum acontecido
e perdeu-se da memória, tal como pedido
arrepio por incrédulo, que as palavras são
enfim a força de um universo paralelo
autónomo de mim, a que devo devoção
irritação! foi traída pela pressa
é que elas vêm com atropelo
instantâneo modo de escreve lo
e se não apanham a linha
fogem como peixe na rima
banal, e se tudo o que ficar
for apenas o que me bastar
anda procura pela tecla
enfim resta apenas apagar...
I
Sai de cima do meu caderno, sai de dentro das palavras
sai, vai-te daqui embora, shtt fora, fora daqui...
Vai e não olhes para trás, anda corre, voa, flutua
nas outras casas, noutras capas, sai pra rua!
Vai, segue o teu caminho! Deixa-me sozinho
não suporto mais o teu peso, não cabe cá dentro
nem do avesso, nem quero mais isso, só isso!
Deixa-me contemplar o vazio, quieto imóvel
o silêncio dos moveis e das folhas brancas
por um momento, deixa-me se és Homem!
Para que as plantas cresçam sozinhas,
para que paredes conversem com elas
para que o pó se encoste nos cantos
e a comida apodreça nos pratos!
Para que lá fora os carros passem
para que as vizinhas morram
para que a terra se expluda
e a vida continue, absoluta!
sai, vai-te daqui embora, shtt fora, fora daqui...
Vai e não olhes para trás, anda corre, voa, flutua
nas outras casas, noutras capas, sai pra rua!
Vai, segue o teu caminho! Deixa-me sozinho
não suporto mais o teu peso, não cabe cá dentro
nem do avesso, nem quero mais isso, só isso!
Deixa-me contemplar o vazio, quieto imóvel
o silêncio dos moveis e das folhas brancas
por um momento, deixa-me se és Homem!
Para que as plantas cresçam sozinhas,
para que paredes conversem com elas
para que o pó se encoste nos cantos
e a comida apodreça nos pratos!
Para que lá fora os carros passem
para que as vizinhas morram
para que a terra se expluda
e a vida continue, absoluta!
Babilónia Tricked nhá mente
Oh Babilónia aqui os sonhos estão em falta
life is empty, sem rosa ou brilho de prosa
cinza nuvem, de perfeita ferrugem melódica
o ideal da falha foi corrompido no reverso
these days are lost, nhá terra de ócio
pray for your soul, if u need the gold
os teus desejos são truques, olha me de perto
a poluição do teu tecto, lá onde fica o inferno
baby, baby, há muito tempo que te espero
eu queria saber do tamanho da alma
para poder encaixa-la numa box fechada
subterrânea água passada sem eco
sem prós e intelecto, cool dark verso
e sim, ainda te espero, baby baby
fireflies dies in a day
lá dentro eu já parti, oh babilónia
o que faço eu sem ti?
transforma tudo o kin ten na mi
gods walking in the street
encontra me o próximo mim!
life is empty, sem rosa ou brilho de prosa
cinza nuvem, de perfeita ferrugem melódica
o ideal da falha foi corrompido no reverso
these days are lost, nhá terra de ócio
pray for your soul, if u need the gold
os teus desejos são truques, olha me de perto
a poluição do teu tecto, lá onde fica o inferno
baby, baby, há muito tempo que te espero
eu queria saber do tamanho da alma
para poder encaixa-la numa box fechada
subterrânea água passada sem eco
sem prós e intelecto, cool dark verso
e sim, ainda te espero, baby baby
fireflies dies in a day
lá dentro eu já parti, oh babilónia
o que faço eu sem ti?
transforma tudo o kin ten na mi
gods walking in the street
encontra me o próximo mim!
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Moscas
As parvas das moscas ficam coladas à janela e não percebem que lá fora está mesmo ao lado,
o gato rói o fio do computador e não percebe que uma palmada quer dizer errado,
a cadela coça-se e gane porque quer ir à rua mas agora é hora de dormir a sesta
na casa de banho está uma lesma nojenta e no quarto a cama por fazer,
e vem-me à cabeça a mulher louca que ontem dizia: Deus acredita em ti filha!
Ao que respondi: eu sou escritora, acha que acredito nessas merdas?
E ela ria e corria à minha volta: Ele acredita, ele está mesmo ali ao fundo da rua no nº 35!
E lá do monóculo do miradouro de Alcântara, meto a moeda e avisto-me aqui,
oh vida cruel ao fim de três imperiais já me pareces tão ajustada, sim
e rumo a casa pensava em ti, lá sentada na mesa descapotável a escrever assim:
As parvas das moscas ficam coladas à janela...
o gato rói o fio do computador e não percebe que uma palmada quer dizer errado,
a cadela coça-se e gane porque quer ir à rua mas agora é hora de dormir a sesta
na casa de banho está uma lesma nojenta e no quarto a cama por fazer,
e vem-me à cabeça a mulher louca que ontem dizia: Deus acredita em ti filha!
Ao que respondi: eu sou escritora, acha que acredito nessas merdas?
E ela ria e corria à minha volta: Ele acredita, ele está mesmo ali ao fundo da rua no nº 35!
E lá do monóculo do miradouro de Alcântara, meto a moeda e avisto-me aqui,
oh vida cruel ao fim de três imperiais já me pareces tão ajustada, sim
e rumo a casa pensava em ti, lá sentada na mesa descapotável a escrever assim:
As parvas das moscas ficam coladas à janela...
Poli Passione
mim is loading
alive is something
mon ange de perdicion
passion
where i come from
niau, tameiki
velut fortuna
sors immanis
è tutto vero
aqui está a vida!
alive is something
mon ange de perdicion
passion
where i come from
niau, tameiki
velut fortuna
sors immanis
è tutto vero
aqui está a vida!
Zero
Às vezes é preciso mandar tudo abaixo e começar do zero,
ir ao fundo do buraco e começar a escavar por outro lado
e chegarmos à conclusão, que esse buraco é nós mesmo
e amá-lo como ninguém antes fez, e mimá-lo sem fim...
Foi o que fiz, assim sinto-me feliz, eu e o meu buraco
no ínfimo do meu ego, encontrar a consciência do belo
raciocinando a todo o vapor, independente amor eterno
deixando apenas lugar, para a ascensão de um alter eco.
E nem preciso que vá muito longe, ou que voe alto ser,
encontrando tudo aqui, tão bem alinhado e desenhado
no conforto do poema, não pedia maior prazer de ter
este dom que é só meu, amor que ama desencorpado.
Alinhado com as estrelas, desenhado em cada folha
santiago peregrino, que te sigam e venerem os sãos
que te eleja a minha escrita, rumo certo à catedral
onde dormem os loucos, que ninguém leva a mal.
que se quebrem as correntes,
que eu as coma na demência
que as assuma nas virtudes
religião da poesia sem chão
que se afundem os não crentes
que eu coma com os dentes
quem em mim Homem futur
seja à força ou ao entrudo
esse é o desejo, último corrijo
de todos os erros cometidos
antes rumo ao abismo quero
porque por mim serei amado
zero é apenas o começo
zero do avesso infinito
abaixo o conforto d aqui
qu é no desencontro sou
e sou e serei
porque sonhei
porque destruí
porque recomecei!
ir ao fundo do buraco e começar a escavar por outro lado
e chegarmos à conclusão, que esse buraco é nós mesmo
e amá-lo como ninguém antes fez, e mimá-lo sem fim...
Foi o que fiz, assim sinto-me feliz, eu e o meu buraco
no ínfimo do meu ego, encontrar a consciência do belo
raciocinando a todo o vapor, independente amor eterno
deixando apenas lugar, para a ascensão de um alter eco.
E nem preciso que vá muito longe, ou que voe alto ser,
encontrando tudo aqui, tão bem alinhado e desenhado
no conforto do poema, não pedia maior prazer de ter
este dom que é só meu, amor que ama desencorpado.
Alinhado com as estrelas, desenhado em cada folha
santiago peregrino, que te sigam e venerem os sãos
que te eleja a minha escrita, rumo certo à catedral
onde dormem os loucos, que ninguém leva a mal.
que se quebrem as correntes,
que eu as coma na demência
que as assuma nas virtudes
religião da poesia sem chão
que se afundem os não crentes
que eu coma com os dentes
quem em mim Homem futur
seja à força ou ao entrudo
esse é o desejo, último corrijo
de todos os erros cometidos
antes rumo ao abismo quero
porque por mim serei amado
zero é apenas o começo
zero do avesso infinito
abaixo o conforto d aqui
qu é no desencontro sou
e sou e serei
porque sonhei
porque destruí
porque recomecei!
terça-feira, 23 de abril de 2013
Junto ao Mar
Para ti que lá ficaste junto ao mar, aquilo que esqueci de te dar,
fui como onda que veio e voltou, mais qualquer coisa que lá ficou
como podia dizer-te se não sabia, nem bem a mim me conhecia
como podia ser simples se tudo em nós é dito assim com agonia
E o tempo voou, e só o mar foi sempre igual
e o remoinho, e esse inferno
que tens por dentro, igual ao meu
e tudo a onda levou, e só o poeta ficou igual
Como é bonito o teu verso
E o mel dos teus olhos, e a tristeza que acolhes
Como foi que deixei, esse tesouro
à mercê de qualquer vulto
se não podia ser eu a sereia do teu livro?
se não podias ser tu o orfeu do meu destino?
fui como onda que veio e voltou, mais qualquer coisa que lá ficou
como podia dizer-te se não sabia, nem bem a mim me conhecia
como podia ser simples se tudo em nós é dito assim com agonia
E o tempo voou, e só o mar foi sempre igual
e o remoinho, e esse inferno
que tens por dentro, igual ao meu
e tudo a onda levou, e só o poeta ficou igual
Como é bonito o teu verso
E o mel dos teus olhos, e a tristeza que acolhes
Como foi que deixei, esse tesouro
à mercê de qualquer vulto
se não podia ser eu a sereia do teu livro?
se não podias ser tu o orfeu do meu destino?
Feia
Feia é a palavra na mentira, mais ainda que a palavra não dita,
essa é cobarde pobrezita, a outra é de má índole e perversa.
Tal como a retórica anda à roda, e a resposta é persuasiva
e sempre que alguém acredita, ela engorda mais uma linha.
Feia como esta vida, trilhada por moedas empobrecidas
e o valor das coisas, e os atos e os gestos da giesta
ficam na retaguarda de uma importância desvalorizada.
E essa mágoa e essa ira, travam lutas amarrotadas.
Como um amor sem dor, depois de já esquecido
tal rebuçado desaparecido no palato de uma boca
ou aquele desejo de me tirares a roupa e nua
ser tua, porque já fui e tudo foi apenas só mentira.
Ou a criança que desce pela rua, carregada de livros
e depois cresce numa cidade sem aviso de inexistência
e empurrada para uma vida decadente, mas valente
ela envelhece precoce e mente a cada um dos seus filhos.
Feia a mentira não é? Feia a vida sem ser cumprida.
Pobre inexistência carregada nas costas da criança.
Até a alma é amarrotada, na injustiça do invencível.
E o amor esse...reticência... como palavra não dita!
essa é cobarde pobrezita, a outra é de má índole e perversa.
Tal como a retórica anda à roda, e a resposta é persuasiva
e sempre que alguém acredita, ela engorda mais uma linha.
Feia como esta vida, trilhada por moedas empobrecidas
e o valor das coisas, e os atos e os gestos da giesta
ficam na retaguarda de uma importância desvalorizada.
E essa mágoa e essa ira, travam lutas amarrotadas.
Como um amor sem dor, depois de já esquecido
tal rebuçado desaparecido no palato de uma boca
ou aquele desejo de me tirares a roupa e nua
ser tua, porque já fui e tudo foi apenas só mentira.
Ou a criança que desce pela rua, carregada de livros
e depois cresce numa cidade sem aviso de inexistência
e empurrada para uma vida decadente, mas valente
ela envelhece precoce e mente a cada um dos seus filhos.
Feia a mentira não é? Feia a vida sem ser cumprida.
Pobre inexistência carregada nas costas da criança.
Até a alma é amarrotada, na injustiça do invencível.
E o amor esse...reticência... como palavra não dita!
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Poeta?
que se foda a prata que é com os dedos que escrevo
que se foda a cabeça que é com coração que sinto
que se foda tudo que é sozinha que me acompanho
que se foda a vida que é a poesia que cá fica!
E então, quem foi que te deu essa educação?
não eras menina de colégio, filha do pai e da mãe?
Oh Tia deixe lá, a miúda anda de cabeça perdida
agora só fala de almas confusas e poetas caretas.
E foi nessa altura que as gavetas não chegavam
e os silêncios e os pânicos, e ai ai ela não tá bem!
E a mãe chorava o pai ausente e a irmã esquecida
as notas a descer e o futuro e o corpo a encolher
E vai ao doutor, ao psicólogo, é preciso um rótulo!
Que ninguém descansa e os comprimidos, sim sim
Ela toma e repousa, que isto passa com certeza
O que ela tem é mimo a mais e merda na cabeça.
Bonito, e assim se mata um poeta, só porque sim
só porque não é igual aos outros, só porque não
só porque dá trabalho a todos, só porque enfim
se fosse meu filho, comprava-lhe um caderno
e agradecia a Deus por esse inferno!
que se foda a cabeça que é com coração que sinto
que se foda tudo que é sozinha que me acompanho
que se foda a vida que é a poesia que cá fica!
E então, quem foi que te deu essa educação?
não eras menina de colégio, filha do pai e da mãe?
Oh Tia deixe lá, a miúda anda de cabeça perdida
agora só fala de almas confusas e poetas caretas.
E foi nessa altura que as gavetas não chegavam
e os silêncios e os pânicos, e ai ai ela não tá bem!
E a mãe chorava o pai ausente e a irmã esquecida
as notas a descer e o futuro e o corpo a encolher
E vai ao doutor, ao psicólogo, é preciso um rótulo!
Que ninguém descansa e os comprimidos, sim sim
Ela toma e repousa, que isto passa com certeza
O que ela tem é mimo a mais e merda na cabeça.
Bonito, e assim se mata um poeta, só porque sim
só porque não é igual aos outros, só porque não
só porque dá trabalho a todos, só porque enfim
se fosse meu filho, comprava-lhe um caderno
e agradecia a Deus por esse inferno!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Oração a Orfeu
Por favor senhor,deixa-me orar por ti,
acredita na minha fé. Em todas as horas que te neguei,
perdoa a minha ofensa. A força que tens por dentro é infinita
vejo-a em todos os cantos da minha mente,
Senhor, é tempo de te aceitar no meu coração,
que sejas a última das esperanças aqui na terra.
Deus da palavra, da poesia e dos amantes.
Acalma, silencia, toda a minha ira e fraqueza.
Que a cidade envelheça sem mim.
Que os seus vícios se consumam
e levem com eles tudo o que de podre aqui fica.
Que tudo são muralhas que não me deixam ver além.
As planícies onde crescem livres os homens.
Nesta prisão de betão, um coliseu de lunáticos.
A cidade está doente. E nós estamos condenados.
Acorrentados, não somos mais do que desperdício.
Eu tinha um plano, um plano perfeito.
Mas neste ponto, o meu sonho é outro.
Ainda há espaço, para alguém como eu
na hora mágica, serás tu o meu Orfeu?
Por favor, deixa-me orar por ti
deixa-me confiar-te o meu rumo
nas tuas mãos, as minhas palavras
serão aladas, serão sagradas.
Na hora mágica, foi o que disse
na plenitude da planície, vive-se
na rota do sol, escrever com amor
por tudo isso, senhor, aceita-me.
E agora?
Ofuscada pelas luzes da cidade,
a minha poesia perdeu a ligação à terra que tinha.
Por isso, sinto-me completamente vazia e sozinha.
Para falar a verdade, já nem sei de que terra sou.
Todos os meus temores de me perder de mim
confirmaram-se numa questão de dias.
A minha alma perdeu-se de mim.
Ou eu perdi-me dela e o verso torna-se repetitivo.
E a vida torna-se sem qualquer sentido.
Depois de todos partirem,
depois de tudo cair,
tomei conta de que a única coisa que me faz estar aqui
é a minha casa.
Que por ela me levanto,
que por ela me sustento.
Porque se também ela perder,
então nem o meu corpo terá mais poiso.
Sim, porque da minha alma não sei mais.
Anda por aí, atordoada e perdida
como andorinha fora de época.
E nada mais posso fazer senão isto,
esperar na linha do poema
por um qualquer sinal de sentido.
Porque já tentei partir e fiquei.
Porque já tentei perceber e não sei.
Porque tudo o que resta,
está à deriva nesta folha.
a minha poesia perdeu a ligação à terra que tinha.
Por isso, sinto-me completamente vazia e sozinha.
Para falar a verdade, já nem sei de que terra sou.
Todos os meus temores de me perder de mim
confirmaram-se numa questão de dias.
A minha alma perdeu-se de mim.
Ou eu perdi-me dela e o verso torna-se repetitivo.
E a vida torna-se sem qualquer sentido.
Depois de todos partirem,
depois de tudo cair,
tomei conta de que a única coisa que me faz estar aqui
é a minha casa.
Que por ela me levanto,
que por ela me sustento.
Porque se também ela perder,
então nem o meu corpo terá mais poiso.
Sim, porque da minha alma não sei mais.
Anda por aí, atordoada e perdida
como andorinha fora de época.
E nada mais posso fazer senão isto,
esperar na linha do poema
por um qualquer sinal de sentido.
Porque já tentei partir e fiquei.
Porque já tentei perceber e não sei.
Porque tudo o que resta,
está à deriva nesta folha.
Passo a Palco
Subiu ao palco
como um abraço
sentiu um estalo
feito de amargo.
Olhou pro lado
ficou descalço
desceu ao meio
seu embaraço.
Esta é a história
de um palhaço
um pouco calado
até distraído.
Até que um dia
subiu ao palco
gritou bem alto:
estou sem vida!
Então irritado
sentiu um estalo
olhou pro lado
estava isolado.
Como um abraço
feito sem história
tirou o laço
porque é de dia.
Foi pro trabalho
meio acordado
deixou de lado
qualquer atalho.
E lá sentado
meio amargo
sempre calado
estava o parvo.
Só ele ouvia
e até ria
com ironia
não percebia.
E são dois pontos
ou dois assuntos
ou dois lugares
ou nenhum par.
O parvo é tonto
o palhaço é outro
e neste ponto
tudo sabe a pouco.
E neste ponto
feito sem história
sem um abraço
ficou o tonto.
Senhoras e senhores
aos vossos lugares
dentro de instantes
vai começar.
O quê? Não sei
Tu sabes? Eu não
É de graça
presta atenção!
Era uma vez um País
e dentro de um país
um pedaço de giz
e uma torre que eu fiz.
Não, não é assim
essa eu conto pra mim
senta-te aí
que eu já me perdi.
E lá sentado
meio aparvalhado
olhava fixado
um palco estagnado.
Só ele ouvia
só ele sentia
sem embaraço
lugar descalço.
Eu quero um palco
sem um palhaço
E quero um abraço
até meio parvo.
E descalço ou aparvalhado,
eu quero apenas um sorriso!
como um abraço
sentiu um estalo
feito de amargo.
Olhou pro lado
ficou descalço
desceu ao meio
seu embaraço.
Esta é a história
de um palhaço
um pouco calado
até distraído.
Até que um dia
subiu ao palco
gritou bem alto:
estou sem vida!
Então irritado
sentiu um estalo
olhou pro lado
estava isolado.
Como um abraço
feito sem história
tirou o laço
porque é de dia.
Foi pro trabalho
meio acordado
deixou de lado
qualquer atalho.
E lá sentado
meio amargo
sempre calado
estava o parvo.
Só ele ouvia
e até ria
com ironia
não percebia.
E são dois pontos
ou dois assuntos
ou dois lugares
ou nenhum par.
O parvo é tonto
o palhaço é outro
e neste ponto
tudo sabe a pouco.
E neste ponto
feito sem história
sem um abraço
ficou o tonto.
Senhoras e senhores
aos vossos lugares
dentro de instantes
vai começar.
O quê? Não sei
Tu sabes? Eu não
É de graça
presta atenção!
Era uma vez um País
e dentro de um país
um pedaço de giz
e uma torre que eu fiz.
Não, não é assim
essa eu conto pra mim
senta-te aí
que eu já me perdi.
E lá sentado
meio aparvalhado
olhava fixado
um palco estagnado.
Só ele ouvia
só ele sentia
sem embaraço
lugar descalço.
Eu quero um palco
sem um palhaço
E quero um abraço
até meio parvo.
E descalço ou aparvalhado,
eu quero apenas um sorriso!
Natural e Humano, publicado em 2010 no Álbum Grauzero
A folha em branco, natural e humano
tenho fomes de rimas e palavras em branco
Voar pelas teclas, divagar devagar
sem sentido ou evasivo.
Já me cansei de depressões, covas fundas e enterros
não entendes as entrelinhas, não aprendes com os erros.
Provavelmente, não há propósito
não há destino, nem sequer escritos.
Assume o acaso e o absurdo
não compliques, é simples,
são becos sem saída.
Uma balança de força, dentro e fora em equilíbrio
leve como pena livre, pesado como pena perpétua.
Assume a essência, paradoxa ciência
desconexa, ambivalente, confusa e complexa.
Somos corpos leitor, sensível aos outros
registo sensores, perigo sem filtro.
Deixamos no fundo, conteúdo excessivo
resíduo tóxico para o nosso organismo.
Avaria no sistema, esgotamento dilema,
haverá medicamento para tal problema?
Nem imaginas a receita, é tão simples que chateia.
Experimenta a leitura, avalia cada grama.
Não é preciso saber muito, ser velho e vivido
ser viajado e culto, só tens de estar atento.
Electrónica, mecânica ou comercial,
o que é que a balança tem de especial?
Instrução no verso, côncavo e convexo,
duas faces de moeda, como ego e eco.
Se mais pesado é interior
Vives alienado do exterior
Isolado como ilhas
rodeado de águas turvas.
Se mais pesado é exterior
adaptado a tudo
colado da realidade
sem expressão real de ti.
Trampolim acrobático, perfeição olímpica
salto mais alto, em cada verso que escrevo.
Na minha receita não se aceita medo
não há recuo e o engano é progresso.
Estou atenta ao movimento, penso e analiso
insisto e critico, sempre que preciso.
Pouco deixe que me pese, não procuro excessos
deixo de lado atalhos, e ás vezes abraços.
Concentração esforço, dedicação educação.
São tantos sacrifícios, como depois benefícios.
No fundo sou crente, no universo imagino,
uma balança à distância ou no centro da terra.
Baloiços, escorregas, insufláveis, carrocéis.
Todos eles são formas, transversais ou paralelas.
21 gramas é o peso que libertas,
o único, que não controlas.
Imagina em vez de balança, tu és outra coisa,
um livro, um quadro, um texto, uma palavra.
Desambiguação ou alta definição,
epistemologia, manual do coração.
Dogmatismo, cepticismo, relativo ou isolado,
global, fragmentado, suspenso, pesado.
Os braços junto ao peito, força em espiral,
concentra no centro, o peso total.
Natural e Humano,
deixa fluir ao acaso
(uma balança de força)
Natural e Humano,
deixa fluir ao acaso
(uma balança de força)
Voar pelas teclas,
divagar, devagar
sem sentido ou evasivo.
tenho fomes de rimas e palavras em branco
Voar pelas teclas, divagar devagar
sem sentido ou evasivo.
Já me cansei de depressões, covas fundas e enterros
não entendes as entrelinhas, não aprendes com os erros.
Provavelmente, não há propósito
não há destino, nem sequer escritos.
Assume o acaso e o absurdo
não compliques, é simples,
são becos sem saída.
Uma balança de força, dentro e fora em equilíbrio
leve como pena livre, pesado como pena perpétua.
Assume a essência, paradoxa ciência
desconexa, ambivalente, confusa e complexa.
Somos corpos leitor, sensível aos outros
registo sensores, perigo sem filtro.
Deixamos no fundo, conteúdo excessivo
resíduo tóxico para o nosso organismo.
Avaria no sistema, esgotamento dilema,
haverá medicamento para tal problema?
Nem imaginas a receita, é tão simples que chateia.
Experimenta a leitura, avalia cada grama.
Não é preciso saber muito, ser velho e vivido
ser viajado e culto, só tens de estar atento.
Electrónica, mecânica ou comercial,
o que é que a balança tem de especial?
Instrução no verso, côncavo e convexo,
duas faces de moeda, como ego e eco.
Se mais pesado é interior
Vives alienado do exterior
Isolado como ilhas
rodeado de águas turvas.
Se mais pesado é exterior
adaptado a tudo
colado da realidade
sem expressão real de ti.
Trampolim acrobático, perfeição olímpica
salto mais alto, em cada verso que escrevo.
Na minha receita não se aceita medo
não há recuo e o engano é progresso.
Estou atenta ao movimento, penso e analiso
insisto e critico, sempre que preciso.
Pouco deixe que me pese, não procuro excessos
deixo de lado atalhos, e ás vezes abraços.
Concentração esforço, dedicação educação.
São tantos sacrifícios, como depois benefícios.
No fundo sou crente, no universo imagino,
uma balança à distância ou no centro da terra.
Baloiços, escorregas, insufláveis, carrocéis.
Todos eles são formas, transversais ou paralelas.
21 gramas é o peso que libertas,
o único, que não controlas.
Imagina em vez de balança, tu és outra coisa,
um livro, um quadro, um texto, uma palavra.
Desambiguação ou alta definição,
epistemologia, manual do coração.
Dogmatismo, cepticismo, relativo ou isolado,
global, fragmentado, suspenso, pesado.
Os braços junto ao peito, força em espiral,
concentra no centro, o peso total.
Natural e Humano,
deixa fluir ao acaso
(uma balança de força)
Natural e Humano,
deixa fluir ao acaso
(uma balança de força)
Voar pelas teclas,
divagar, devagar
sem sentido ou evasivo.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Homem Vento
Lá pra trás do sol posto, há um homem sem rosto.
Diz-se por lá que apareceu, homem feito nasceu.
De companhia um gato e um machado de guerra.
Tatuada no pescoço, Yggdrassil do conhecimento.
Kether ele disse, no dia em que foi repudiado.
E tal como o vento, foi levado do pensamento.
E lá no vale, a vida seguiu o seu curso natural.
Homem Vento, Homem Vento
sopra ao meu ouvido um alento
leva para longe o medo
longe a raiz do medo.
Homem Vento, Homem Vento
escuta o que me vai cá dentro
acalma o meu temor
na raiz do meu temor.
Diz-se por lá que apareceu, homem feito nasceu.
De companhia um gato e um machado de guerra.
Tatuada no pescoço, Yggdrassil do conhecimento.
Kether ele disse, no dia em que foi repudiado.
E tal como o vento, foi levado do pensamento.
E lá no vale, a vida seguiu o seu curso natural.
Homem Vento, Homem Vento
sopra ao meu ouvido um alento
leva para longe o medo
longe a raiz do medo.
Homem Vento, Homem Vento
escuta o que me vai cá dentro
acalma o meu temor
na raiz do meu temor.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Boa Sorte
Alienation is what we ment to be
inadaptation for the next unknown step
be a mistake for once be wrong and mad
go where no one has been before
be afraid and scare iluminate the dark
be lost and lonely forget they put u a name
no one and everyone be all the same
no age or adress reborn as a gift
and open you you and receive me me
que a viagem seja, à medida da vontade
que nunca te falte, amor pela arte
que sejas o corpo, que nunca te prenda,
a fome e a ganância
que sejas criança, balança e força
precisa de ti
e tu precisas da paz
beberão futuros
que deixas para trás
nós somos matéria, e à terra voltamos
e quando percebemos, a rotina da vida
essa agonia que, no peito sentimos
é sinónimo de criar, para estar vivo
boa sorte
por isso és único, mágico e profundo
esquizofrenia feliz, o ser clandestino
sem traços definidos, livres caminhos
que sejas tudo, e tudo esteja em ti
boa sorte, que o tempo te encontre
antes do tempo, de seres tempo nenhum
boa sorte, que o tempo não espera
tu és, a volta inteira
sem tempo, sem espaço
amor pela arte só boa sorte
boa sorte
tempo de ti, tempo para ti
boa sorte
inadaptation for the next unknown step
be a mistake for once be wrong and mad
go where no one has been before
be afraid and scare iluminate the dark
be lost and lonely forget they put u a name
no one and everyone be all the same
no age or adress reborn as a gift
and open you you and receive me me
que a viagem seja, à medida da vontade
que nunca te falte, amor pela arte
que sejas o corpo, que nunca te prenda,
a fome e a ganância
que sejas criança, balança e força
precisa de ti
e tu precisas da paz
beberão futuros
que deixas para trás
nós somos matéria, e à terra voltamos
e quando percebemos, a rotina da vida
essa agonia que, no peito sentimos
é sinónimo de criar, para estar vivo
boa sorte
por isso és único, mágico e profundo
esquizofrenia feliz, o ser clandestino
sem traços definidos, livres caminhos
que sejas tudo, e tudo esteja em ti
boa sorte, que o tempo te encontre
antes do tempo, de seres tempo nenhum
boa sorte, que o tempo não espera
tu és, a volta inteira
sem tempo, sem espaço
amor pela arte só boa sorte
boa sorte
tempo de ti, tempo para ti
boa sorte
Abençoado seja este vinho. Abençoado o ceguinho.
Tu é loucura meu anjinho, e eu sou só um pé de cabra.
Como vibra a corda da guitarra, neste fado suicida
A minha única Lisboa, lá fica perdida e só madrasta.
Diz ao fado que eu parti, diz ao café que é calote,
qu isso importe, que não pago que sou pobre.
Se passares à minha beira, não me olhes com pena
qu eu sou mais e além, para trás, cais e desdém.
Ah como sou inspirada, pela tua palavra pessoa
para enfeitar o meu caminho, quero rosmaninho
e no gosto assim torto, beijo no altar do monte
emigrante horizonte, tão longe e desassossego.
Leva-me saudade, desta terra de mortos-vivos
antes que eu assombre, o último deles nascido.
Venturosa nação, que é feito meu coração?
mentira a felicidade, é nunca eu ter nascido.
Jura meu amor, como mentes com desdém,
essa pedra dessa rua, não é mais uma promessa.
Sinto escárnio e catarro, sou lamento morte lenta
vai depressa anjo meu, vai na volta leva cem.
Por isso, por tudo isso, porque é só isso,
não tenhas medo meu menino pequenino
ainda há estrelas, que vigiam as esperas
velas que iluminam as escolhas e os poetas.
(ou as canetas e as folhas)
Tu é loucura meu anjinho, e eu sou só um pé de cabra.
Como vibra a corda da guitarra, neste fado suicida
A minha única Lisboa, lá fica perdida e só madrasta.
Diz ao fado que eu parti, diz ao café que é calote,
qu isso importe, que não pago que sou pobre.
Se passares à minha beira, não me olhes com pena
qu eu sou mais e além, para trás, cais e desdém.
Ah como sou inspirada, pela tua palavra pessoa
para enfeitar o meu caminho, quero rosmaninho
e no gosto assim torto, beijo no altar do monte
emigrante horizonte, tão longe e desassossego.
Leva-me saudade, desta terra de mortos-vivos
antes que eu assombre, o último deles nascido.
Venturosa nação, que é feito meu coração?
mentira a felicidade, é nunca eu ter nascido.
Jura meu amor, como mentes com desdém,
essa pedra dessa rua, não é mais uma promessa.
Sinto escárnio e catarro, sou lamento morte lenta
vai depressa anjo meu, vai na volta leva cem.
Por isso, por tudo isso, porque é só isso,
não tenhas medo meu menino pequenino
ainda há estrelas, que vigiam as esperas
velas que iluminam as escolhas e os poetas.
(ou as canetas e as folhas)
Cataclismo, autosismo, paranóia, desper isso!
Abafam-se sentidos no limbo do abismo
Na calçada, desfiada, desconfio da armada
Abafam-se sentidos no limbo do abismo
Na calçada, desfiada, desconfio da armada
Andam todos na areia de cabeça enfiada!
E os pêlos da cadela caem lisos na almofada
Sonham pesos em silêncio, calvice sem idade
Aspirador lunático, remoínhos refratários
Tão erróneo, tão caótico, ser vivo desper isso!
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Mãe
A minha querida mãe.
A minha querida mãe chora,
chora por esta vida de merda que tenho.
A culpa é do governo mãe,
tu fizeste tudo o que estava ao teu alcance
para me dares tudo o que eu precisava.
Mas eu sou feliz mãe,
não te preocupes,
eu sou muito feliz da maneira que vivo.
E ela chora.
Coitada.
Tenho mais pena dela do que de mim.
Eu adaptei-me, renivelei os meus objectivos,
as minhas prioridades e mesmo sem me conformar,
é essa luta que me faz sentir assim como sou.
Lutar pela vida,
lutar para ter o que comer,
lutar para pagar a minha casa,
lutar para não desistir
do que realmente importa.
Mãe.
A minha vida é diferente daquela que sonhaste.
Nem eu cheguei sequer a sonhar uma,
já ela se revelava no tapete.
Enfim, não tenho mágoa do governo,
mágoa traz amargura e amargura..
enfim..não deixa avançar.
Por isso escrevo para ti, Mãe.
OBRIGADO por estar aqui!
Coragem ..Ontem
É preciso coragem para dizer não. Não desta forma, mais não. É preciso coragem para tomar uma decisão e sair de um impasse do qual todos saímos magoados. Coragem para encarar-te ao espelho e ver a fraqueza, a desistência, ver sobretudo o egoísmo de dizer não a tudo o que já foi construído. Coragem para deixar para trás promessas, metas, bens materiais e sonhos, muitos sonhos, todos os sonhos a dois. Coragem para ver o outro partir e não dizer fica, coragem para não dizer fica quando a incerteza e o erro podem ser a maior certeza. Coragem para voltar atrás e recomeçar ou coragem para voltar ainda mais atrás e pensar que talvez todos os erros venham daí. Coragem para encarar a solidão e o vazio. Sim, as gavetas, o silêncio, as rotinas, o lugar do outro na nossa vida, a ausência. A ausência, como se um acidente nos tivesse levado essa pessoa e no lugar dela uma angústia aterradora tivesse tomado conta de tudo.
Quando sentimos e pensamos demais, quando queremos viver tudo ao mesmo tempo e a vida não chega para nada...
Ao jantar
Deixa-me só acabar de comer e eu já te digo aquilo que penso. É intenso, é demasiado intenso, tu és demasiado intensa..mas porra tudo o que sinto é solidão! Tenho medo, quero-te foder, sinto a tua falta, ainda te espero, sim sim eu escuto todas essas palavras, mas ninguém escuta a minha. Erva e vinho tinto, malagueta e poejo e um silêncio de fora que deixa as vidas dos vizinhos entrarem na minha. Gritam, riem, a criança chora e o gato mia. Encho de novo o prato, não vale a pena ficar o caldo. Esta minha forma de vida que não entendo, tão rebuscado como incoerente, como eu afinal. O poeta só mente. E a puta da palavra teve todo esse tempo a primeira cena. Mas o poeta também sente, por trás dessas palavras mentirosas está uma vida. Lá fora chove e troveja, como radiografia de Deus não é? Deus deve estar zangado comigo...e já chora há tanto tempo...E sobremesa não? Ontem já comi dois chocolates assim de rajada. E pronto foi esta a merda que escrevi ao meu jantar. Sim senhor, bom proveito!
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