Por favor senhor,deixa-me orar por ti,
acredita na minha fé. Em todas as horas que te neguei,
perdoa a minha ofensa. A força que tens por dentro é infinita
vejo-a em todos os cantos da minha mente,
Senhor, é tempo de te aceitar no meu coração,
que sejas a última das esperanças aqui na terra.
Deus da palavra, da poesia e dos amantes.
Acalma, silencia, toda a minha ira e fraqueza.
Que a cidade envelheça sem mim.
Que os seus vícios se consumam
e levem com eles tudo o que de podre aqui fica.
Que tudo são muralhas que não me deixam ver além.
As planícies onde crescem livres os homens.
Nesta prisão de betão, um coliseu de lunáticos.
A cidade está doente. E nós estamos condenados.
Acorrentados, não somos mais do que desperdício.
Eu tinha um plano, um plano perfeito.
Mas neste ponto, o meu sonho é outro.
Ainda há espaço, para alguém como eu
na hora mágica, serás tu o meu Orfeu?
Por favor, deixa-me orar por ti
deixa-me confiar-te o meu rumo
nas tuas mãos, as minhas palavras
serão aladas, serão sagradas.
Na hora mágica, foi o que disse
na plenitude da planície, vive-se
na rota do sol, escrever com amor
por tudo isso, senhor, aceita-me.
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