Sai de cima do meu caderno, sai de dentro das palavras
sai, vai-te daqui embora, shtt fora, fora daqui...
Vai e não olhes para trás, anda corre, voa, flutua
nas outras casas, noutras capas, sai pra rua!
Vai, segue o teu caminho! Deixa-me sozinho
não suporto mais o teu peso, não cabe cá dentro
nem do avesso, nem quero mais isso, só isso!
Deixa-me contemplar o vazio, quieto imóvel
o silêncio dos moveis e das folhas brancas
por um momento, deixa-me se és Homem!
Para que as plantas cresçam sozinhas,
para que paredes conversem com elas
para que o pó se encoste nos cantos
e a comida apodreça nos pratos!
Para que lá fora os carros passem
para que as vizinhas morram
para que a terra se expluda
e a vida continue, absoluta!
Sem comentários:
Enviar um comentário