Feia é a palavra na mentira, mais ainda que a palavra não dita,
essa é cobarde pobrezita, a outra é de má índole e perversa.
Tal como a retórica anda à roda, e a resposta é persuasiva
e sempre que alguém acredita, ela engorda mais uma linha.
Feia como esta vida, trilhada por moedas empobrecidas
e o valor das coisas, e os atos e os gestos da giesta
ficam na retaguarda de uma importância desvalorizada.
E essa mágoa e essa ira, travam lutas amarrotadas.
Como um amor sem dor, depois de já esquecido
tal rebuçado desaparecido no palato de uma boca
ou aquele desejo de me tirares a roupa e nua
ser tua, porque já fui e tudo foi apenas só mentira.
Ou a criança que desce pela rua, carregada de livros
e depois cresce numa cidade sem aviso de inexistência
e empurrada para uma vida decadente, mas valente
ela envelhece precoce e mente a cada um dos seus filhos.
Feia a mentira não é? Feia a vida sem ser cumprida.
Pobre inexistência carregada nas costas da criança.
Até a alma é amarrotada, na injustiça do invencível.
E o amor esse...reticência... como palavra não dita!
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