Às vezes é preciso mandar tudo abaixo e começar do zero,
ir ao fundo do buraco e começar a escavar por outro lado
e chegarmos à conclusão, que esse buraco é nós mesmo
e amá-lo como ninguém antes fez, e mimá-lo sem fim...
Foi o que fiz, assim sinto-me feliz, eu e o meu buraco
no ínfimo do meu ego, encontrar a consciência do belo
raciocinando a todo o vapor, independente amor eterno
deixando apenas lugar, para a ascensão de um alter eco.
E nem preciso que vá muito longe, ou que voe alto ser,
encontrando tudo aqui, tão bem alinhado e desenhado
no conforto do poema, não pedia maior prazer de ter
este dom que é só meu, amor que ama desencorpado.
Alinhado com as estrelas, desenhado em cada folha
santiago peregrino, que te sigam e venerem os sãos
que te eleja a minha escrita, rumo certo à catedral
onde dormem os loucos, que ninguém leva a mal.
que se quebrem as correntes,
que eu as coma na demência
que as assuma nas virtudes
religião da poesia sem chão
que se afundem os não crentes
que eu coma com os dentes
quem em mim Homem futur
seja à força ou ao entrudo
esse é o desejo, último corrijo
de todos os erros cometidos
antes rumo ao abismo quero
porque por mim serei amado
zero é apenas o começo
zero do avesso infinito
abaixo o conforto d aqui
qu é no desencontro sou
e sou e serei
porque sonhei
porque destruí
porque recomecei!
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