quarta-feira, 26 de junho de 2013

pixel de um puzzle de dentro
retrato de um acto cadente
amorfia em pedaço de gente

pincel de um génio doente
colocado debaixo do tapete
o ventre do soco do medo

e é já tempo de um enredo
na definição de um segredo
que quer sair do carrossel

pigmento que te deixas
perdido nas deixas do vazio
do momento te levanto

e é já tempo e é já tempo
de te remexeres por intento
e o livre arbítrio volveres

a ti mesmo
agitando tudo junto
e da cinza feia sopa
viveres

anda à roda nada anda
puxa a corda que te atrasa
anda arranca anda zanga

e afoga nessa mágoa
a primitiva essência
da sequência que condena

a tudo transforma
e tu tudo sem forma
que renova sem escolha

ou tu mesmo
negando tudo que sabes
e da cinza feia sopa
acordares

acordares





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