sábado, 29 de junho de 2013

meus olhos que levem

a carruagem deslizando nocturna
zigue zague e zombies de fraque

tanques de combate em magia
e coelhos saindo à ultima hora

batendo de frente papel de cenário
que ao rio se entregam horas de vidro

do outro lado o oráculo de Deus
onde rosas ao manto acostam

meus olhos que levem
meus olhos que levem


a carruagem deslizando nocturna
a morte maçuda a trote

e amendoeiras desabrochando
chibatas e pistolas em ácido

na febre a lebre de batina
a língua pastosa fendida

criaturas das entranhas
entrando e saindo pelas traseiras

meus olhos que levem
meus olhos que levem

a carruagem deslizando nocturna
mistificação de dor física

trevas reais ao longo da pista
tépido céu de lunetas à tona

cidade pecadora extensa
na linha divisa persianas

de crença paladar sentença
entrando e saindo depressa














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