terça-feira, 17 de março de 2015
avessos cura
as mãos amarradas. estais encapuçados de ideias fracas
as palmas às vezes são estalos de chicotes
e grossas as vigas de telhados de morte e divisões nuas
dar-lhes o vergar das pernas. e os sabres ao cuidado do pão
há-de ser tudo em vão
à guisa da advertência, uma pistola à cintura para a eloquência
há-de ser tudo loucura. e tudo uma forma possível de cura
essas adivinhas de matanças com que te assustas
a única regra é a ausência de regras
andar às cegas nessa calha decrépita
e apreciar a técnica do equilíbrio
de tudo ser uma janela para o mundo
corpo a corpo. linha a linha
Meia hora mais tarde - Acho que me bebi e estou vazio.
é o esgotamento da boleia
de se ser mesquinho com as ideias
tudo areias nos olhos de quem se perde na teia
e lágrimas
de tudo se ter despido
e tudo ter um preço
- regatea-lo com o nosso avesso
o canto do ganso à compaixão
de estarmos tão perto do chão
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