rondam falcões pelas masmorras do castelo
crescem heras nas paredes do templo
fecham-se portas e janelas
e adormece-se numa
câmara de flores
em silêncio
por dias, semanas, horas
no escuro ouvindo-os pairar
asa negra condor condolências de amor
e acordar para casa voltar abrindo pétalas
uma a uma
devagar despertando
de luz intermitente abrindo caminho
para alguém passar, alguém que agora
quer viver, alguém que se encontra de fora
fénix de uma morte de uma queda valente
articulada por fim de uma coluna almal
bicho dorido quebrado e levantado
infinitamente estrelado uma vez
mais e mais e mais e mais
a um céu dedicado
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