serão amarguras que te movem
potes de secura o poço da sorte
te lembras do túnel velocidade
raio de luz escasseando o norte
é um cigarro que chega ao fim
um copo vazio lugar de jasmim
jogando palavras em cadáveres
duas colheres de doce saudade
busca finita por um só coração
um hino à elevação
se pode um só momento existir
que prove universo em sentido
da raíz do medo deixar amargo
e um barco ao largo se partindo
lentamente afundando o tempo
os meus dedos tocam te lentos
espaço imaginário e suculento
abrindo fechando movimento
batimento
confesso
simbiose
abstracto
é o retrato de só que escava lá
levando mão ao peito encaixo
o teu dentro do meu
Sem comentários:
Enviar um comentário