o arrebatamento
de um único momento
e da brevidade nasce
uma ausência madura
que já o era antes de o ser
e se pergunta:
vale a pena?
subir o cume da montanha
sabendo não se poder ficar
nesse pico ponto de inconstância
onde nos partimos
e ao descer trazermos
apenas metade
se vale a pena
não saber a resposta
para uma e outra vez
marcarmos a subida
Ela
dorme de olhos abertos
caminha a cm do tecto
e se alimenta de verso
comendo flocos de gente
Ele
se esquece de rega-la
adormece lhe em cima
sugando lhe da mente
o sopro que inspira a vida
E
nasce poema
Sem comentários:
Enviar um comentário