terça-feira, 2 de julho de 2013

com..

quero apenas elevação
viajando num contentor
como porcelana
com poeta mente
do troféu suspensão

decapitando me
de outro poema outra lírica
cometendo debaixo da blusa
pecados de alma lusa

que transcende a poesia
mantendo nos na expectativa
de outro rumo a esta vida

então que se elevem os copos
em viagens de corpos apertados
como cacos mas intactos
e nas palavras os massacres

nada de coerente se pode
na verdade pedir
e a queda fugindo
como areias nos dedos

versos de dentro
falam de nós
que tudo lá fora
é água à mó

querendo não saber
de suicídios colectivos
façam barulho vamos a isso
e a amanhã volta ao mesmo

então hoje
não apelo à rua
nem à política
nem à luta

que se elevem
congelando o momento
e quando tiverem a palavra
amem-na
com poeta mente






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