quero apenas elevação
viajando num contentor
como porcelana
com poeta mente
do troféu suspensão
decapitando me
de outro poema outra lírica
cometendo debaixo da blusa
pecados de alma lusa
que transcende a poesia
mantendo nos na expectativa
de outro rumo a esta vida
então que se elevem os copos
em viagens de corpos apertados
como cacos mas intactos
e nas palavras os massacres
nada de coerente se pode
na verdade pedir
e a queda fugindo
como areias nos dedos
versos de dentro
falam de nós
que tudo lá fora
é água à mó
querendo não saber
de suicídios colectivos
façam barulho vamos a isso
e a amanhã volta ao mesmo
então hoje
não apelo à rua
nem à política
nem à luta
que se elevem
congelando o momento
e quando tiverem a palavra
amem-na
com poeta mente
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