I
As maçarocas de milho tostavam no forno e os quiabos ferviam ao lume. Limpou as mãos ao avental e olhou-se no exaustor, aparando o baton nos cantos da boca compondo o caracol na testa. Na porta duas pancadas soaram. Era ele. Atirou o avental para a cadeira da cozinha e passou pela mesa da sala para se certificar que as velas ainda estavam acesas. Parou junto da porta, respirou fundo e calmamente abriu. Ele levou a mão ao chapéu, pedindo permissão para entrar. Ela sorriu-lhe dando-lhe passagem. Está uma noite fria, como foi o teu dia? Cheira deliciosamente. Ela olhou-o com o sorriso no canto da boca e deixou-o na sala buscando na cozinha as travessas. Quando regressou ele estava já sentado numa das extremidades da mesa tocando no prato. Enquanto o servia ele passou a mão pela cintura dela Estás mais linda do que nunca! Mas estranhamente silenciosa. Ela passou-lhe a mão na testa Aprecia o teu jantar, foi feito com toda a dedicação. E serviu-lhe vinho no copo de pé de cristal.
Enquanto ela se afastava ele provou o vinho e um gole foi o que bastou para cair redondo no chão.
II
Aproveitando a carpete, arrastou-o ainda meio dormente pelo corredor. Uma pequena porta dava para a cave. Pelas escadas o corpo aos trambolhões balbuciando Porquê? Que fiz eu? Chegando ao compartimento, sentou-o numa poltrona, algemando-lhe os pés e as mãos. Com fita adesiva silenciou-lhe a boca. Ao lado uma mesa com vários utensílios. Pegou no pente e passou-o pelos cabelos negros dele. Deixou-o com um risco ao lado. Depois abriu um boião de creme e delicadamente massajou-lhe o rosto hidratando-o. Com uma lâmina aparou-lhe os cantos da barba. A pouca resistência que ele podia ainda oferecer fez com que a lâmina lhe golpeasse o pescoço o que a irritou. Agora era preciso trocar-lhe a camisa manchada. De frente um armário com um espelho. Várias eram as peças de roupa masculina e ela escolheu uma camisa branca de colarinho azul claro. Esta deve servir. Mas antes que mais algum imprevisto aconteça...Pousou a camisa na mesa e trouxe consigo uma seringa. Na veia mais saliente do braço injectou algo que o deixaria absolutamente inconsciente. Por algumas horas.
Mais tranquila retirou-lhe então a camisa. Como era delicada a pele dele! Morena, com apenas alguns cabelos no peito. Percorreu todo o tronco e retirou-lhe as algemas das mãos para que o pudesse desencostar da poltrona, queria apreciar-lhe as costas. Passou-lhe a mãos pelos ombros descendo da coluna vertebral ao coxis. Não, algo não estava no sítio. Uma cicatriz que atravessava a parte esquerda do final das costas. Procurou por adesivo da cor da pele e tapou-a. Não fazia parte. Abraçou-o e embalou-o. Do seu pescoço um perfume doce voltou a irrita-la. Procurou por um pano húmido e lavou-o. Esfregou até que o odor desaparecesse. E do frasco de perfume sobre a mesa untou-o com duas gotas. Sim, agora sim o perfume está correto. Tombou-o sobre a poltrona novamente. Tinha um ar sereno dormindo. Passou para as mãos. Com uma lima de cerâmica tratou de unha a unha para que ficassem arredondadas e curtas. Na mão direita um calo no dedo indicador despertou-lhe novamente a atenção. Procurou pela pedra pomes e esfregou, alisando-o depois com creme do mesmo boião de antes. Passou a mão dele pelo rosto dela, estava liso e sedoso. Vestiu-lhe então a camisa apertando botão a botão. E voltou ao rosto dele. Abriu-lhe a boca e sentiu os dentes dele. Não eram afiados o suficiente. Vestiu-lhe então uma bata que lhe cobria a parte superior do corpo e ligando a broca, redesenhou as pontas agudas dos caninos. Esta tarefa levou-lhe algum tempo cansando-a na precisão de os deixar ambos idênticos.
Quando terminou a sua obra contemplou-a satisfeita. Estão enfim prontos para serem recolhidos. Mas antes o retrato. Também sobre a mesa estava a câmara que utilizou para captar o rosto de boca aberta. Depois, com um alicate, começou a abanar, e insistindo daí a pouco o dente estava na sua mão. No buraco deixou um rolo de algodão para que não jorrasse o sangue que já irrigava a boca toda. O dente foi deixado num boião de formol e a tarefa repetiu-se ao outro canino, trocando entretanto o algodão para não o engasgar. Por hoje é tudo. Veremos como acordas amanhã, se tens febre. Voltou a algema-lo certificando-se de não poder libertar-se, tapou-o com uma manta e levando o boião consigo subiu saindo da cave. Sentou-se à mesa, a comida já esfriara mas a refeição soube-lhe bem. Depois deixou tudo na cozinha, apagou as velas e subiu ao quarto para dormir. Amanhã é outro dia. Passando pela porta da cave dorme bem meu encanto!
III
Pelas seis da manhã despertou com gritos vindos da cave. Levantou-se, calçou os chinelos e desceu. Lá em baixo na luz trémula, ele gemia de dores transpirando febril. Vejo que o teu acordar não foi dos melhores. Sobre a mesa estava a mesma seringa e ao lado numa prateleira vários frascos com líquidos etiquetados. Enfiou a agulha num deles e levou-a ao braço dele que tentava resistir-lhe implorando-lhe para que o deixasse ir. Vamos, não resistas, será pior, deixa-me cuidar de ti. Ele contorcendo-se de dores, desistiu por fim na esperança de que a dor parasse. Injectou-lhe então o anti inflamatório analgésico e em poucos segundos ele começou a sossegar. Passando-lhe a mão pelo cabelo ela encostou então a cabeça dele ao peito dela Pronto meu doce, pronto eu estou aqui. Cuidarei de ti. Ficarás bem, sim ficarás bem aos meus cuidados. E ele chorando de desespero não conseguindo de forma alguma desenvencilhar-se das algemas, cedeu adormecendo.
Na manhã seguinte ela levantou-se energética e antes de ir à cozinha preparar o café passou pela cave para verificar o estado dele. Ao descer as escadas notou que estava ainda adormecido dado que não lhe viu qualquer reacção. Aproximou-se e ao vê-lo de frente o seu estado entranhou-a de raiva. Não, não podes! Porque o fizeste! Eu teria cuidado de ti, fraco! Da boca dele, os algodões haviam sido cuspidos e voluntário ou não, as feridas dos buracos haviam-no sangrado até à morte. Estava sem pulso e sem sopro de respiração. Branco, imóvel e frio. Não, gritou ela de nervos, eu sabia que devia ter-te cosido, não o fiz porque me pareceu estável, não...agora não estás apto à fase seguinte! E limpando as lágrimas, agora respirando mais calmamente, como que desperta de uma convulsão, levantou-se, retirou-lhe as algemas e embrulhou-o novamente na carpete. Da cave uma outra porta dava para o jardim, era agora preciso enterra-lo e despejar o carro dele ainda estacionado à porta, ao rio.
IV
Uma semana passou. Na mercearia ela deambulava pelos corredores olhando as maçarocas de milho já no cesto. Desistindo de outras compras dirigiu-se para a caixa onde um homem alto e magro, de cabelos negros pagava. Os olhos dela brilharam, empurrou o peito para fora do decote e aproximando-se simulando distracção deu-lhe um encontrão. Ai, peço desculpa vinha distraída. Sorrindo charme. O homem apresentou-se Não tem importância, não machucou, chamo-me T. e estou de passagem, talvez me pudesse mostrar algo de interessante por aqui. O isco servira e ele estava agora a cair na rede dela Sim, tenho todo o gosto, eu ia agora preparar o almoço em casa, porque não é meu convidado? Por estes lados não recebemos muitas visitas, sabe como é, terras de interior! Ela olhou para o homem da mercearia e deu-se conta de ter sido desleixada, certamente ele escutara a conversa e em breve se dessem pela falta do forasteiro, iriam fazer perguntas. Foi então que lhe ocorreu alterar o formato original do seu modus operandi. O senhor também vive sozinho não é verdade? E ao fazer esta pergunta deixou deslizar intencionalmente os dedos sobre um dos seios. O homem um pouco mais velho do que o outro, de estatura baixa e farfalhudo desconfiou mas era bem conhecida a sua fama de não resistir a um rabo de saia e ela pressentiu-o ao ver os seus lábios morderem-se olhando o decote dela. E respondeu Sim, a minha mulher faleceu há uns anos. Ela riu-se Pois então faremos do almoço um jantar de convívio, jantaremos os três hoje à noite em minha casa. O senhor dirigindo-se agora ao forasteiro pode vir comigo agora se não tiver outro compromisso, podemos ir adiantando os preparativos. E piscou-lhe o olho. O homem achou que havia ganho a lotaria e mesmo lhe incomodando a presença do outro, achou-se na vantagem do adiantamento do convite. Iremos então, não precisa de trazer vinho, tenho em casa, aguardo por si às oito, despedindo-se do merceeiro.
V
Desta vez não haveria falhas. O tempo marchava e era preciso tratar de um para manter o outro. A questão que pairava na cabeça dela enquanto T. a conduzia era qual dos dois serviria, qual dos dois sacrificaria para poder manter o outro no seu plano. E em tantos outros falhara por diversas razões que em si a pressa de querer ver satisfeita a sua tarefa, estava a atrapalhar-lhe os sentidos. Era preciso calma para que tudo corresse por fim como desejava. Certamente que o merceeiro não preenchia os requisitos, havia sido um acidente no percurso mas algo nele a fizera vacilar. Talvez a ideia de estar só há muito tempo, a morte da mulher, qualquer fragilidade nesse sentido a conduzia a coloca-lo no lugar do candidato privilegiado. Estaria então decidido quando na porta estacionaram.
Irei preparar qualquer coisa rápida para o nosso almoço e depois podemos descansar, o que me diz de uma sesta? Piscando-lhe o olho. O homem encantado ficou. Que tal um copo de vinho para relaxar? Ela precisava que ele bebesse o vinho para ir directamente ao assunto. O prato principal seria o outro. Mas o homem retorquiu Vinho não, preferia algo fresco, pode ser um chá? Compreende, preciso de me por ao caminho logo mais, ainda hoje tenho de chegar ao meu destino. Ela voltou da cozinha de mãos vazias curiosa Ai sim? O que tem de tão importante à sua espera? O homem sentou-se na cadeira da mesa da sala, exactamente no lugar do anterior Investigo o desaparecimento de um homem que vivia a trinta quilómetros daqui, provavelmente não o conhecia, era vendedor de enciclopédias ao domicílio, bom talvez até lhe tenha vindo bater à porta, quem sabe. Ela congelou, e procurou desviar o olhar da prateleira junto à lareira. Lá estavam as malditas enciclopédias que deixara no desleixo, por ali. Ocorria-lhe agora que o homem podia não ser assim tão ingénuo quanto teria aparentado e era urgente desenvencilhar-se dele. Mas sabem que parou por aqui? A pergunta era em si denunciadora e sentia-se a perder o controle da situação, certamente o homem desconfiara dela. Malditos homens, se não são maus são dissimulados pensou para si mesma mordendo a língua de raiva. Falava-lhe da cozinha preparando o chá com uma dose reforçada de sonífero. E ele da sala andando agora de um lado para o outro respondeu-lhe parando exactamente de frente para as enciclopédias Não, não era suposto este desvio. A resposta podia não ser verdadeira mas ela seguiria com o plano Aqui tem o seu chá, fresquinho. Ah está a olhar para essas enciclopédias e a pensar se serei uma assassina em série. Pois quem sabe se não sou mesmo, rindo-se, e se fosse provavelmente este chá estaria envenenado neste momento. Riu-se com uma grande gargalhada, colocando o chá na prateleira ao lado das enciclopédias e aproximando-se dele seduzindo-o.
E ele não resistiu ao encanto dela, levantou-a nos braços sofregamente. Para que lado é o quarto? E ela ao ouvido dele e porque confiaria eu num oficial de justiça que se perde por atalhos com mulheres que não conhece? O homem na pressa de conseguir dela a confiança que o levaria aos céus do prazer pegou no copo e engoliu metade dele, perdendo em poucos segundos os sentidos. Ela suspirou de alívio Todos iguais. Certificando-se de que ele estava inconsciente aproximou-se do rosto dele, batendo-lhe na cara. E nesse gesto a boca dele abriu-se Mas como? Não pode? Como não reparei nisto antes? De facto o homem falava sempre com a boca semicerrada, pouco dos dentes lhe havia visto, o que até lhe dava um ar misterioso, mas agora que olhava de perto apercebia-se, ele não tinha caninos, tal com ela. Esta situação mudava completamente o cenário. Ele não tinha a maldade e nesse sentido ela não seria capaz de o fazer, não encaixava.
VI
Sentada de frente para a lareira ela permanecia imóvel olhando para ele adormecido. Este impasse colocava-a numa situação demasiado frágil. O homem era uma ponta sem nó, mas corroía-lhe o sentido, ser capaz de matar alguém que pertencia ao reino dos sem maldade. Não podia fazê-lo, ele seria o único de uma espécie extinta de homens.
As horas passavam e o outro deveria chegar a qualquer momento. O relógio da parede batia os segundos aumentando a ansiedade dentro dela. Que fazer? Também em pouco tempo ele acordaria e saberia então que ela era a assassina, não a perdoaria nem se compadeceria por ela. Ela sabia que não tinha perdão, não queria o perdão de ninguém, tinha uma missão e isso bastava-lhe. E tinha até prazer na sua missão, isso permitia-se confessar a si mesma. O relógio bateu o último segundo das sete horas. E na porta bateu o outro. Estava na hora, só precisaria de alguns segundos para despachar o merceeiro em tudo teria uma solução, confiando de que T. não acordaria entretanto.
Abriu a porta sorridente com outro copo de chá. Entre, vejo que gosta de ser pontual. O nosso amigo está a repousar na sala, o nosso almoço foi pesado e ele caiu no sono. Eu precisava de uma pequena ajuda sua na cave, tenho lá o vinho mas a porta da adega empenou e não consigo abri-la, preciso de um homem forte como o senhor. O homem inchou-se de orgulho de poder ser útil. Diante da porta da cave ela estendeu-lhe o copo Eu estava a beber um chá fresco, deve vir com sede, têm sido uns dias quentes, quer um golo do meu chá? E esta expressão foi o suficiente para o homem se sentir em casa e beber do copo dela. Já a descer as escadas, sentiu-se tonto e descarrilou caindo no chão da cave.
Lá em baixo ela procurou pela seringa e de um frasco de veneno mortal injectou-o no braço. Um último par de caninos, os últimos da colecção. O homem espumava da boca inconsciente, o veneno corria-lhe voraz pela veia. Agarrada ao alicate pronta para arrancar o dente, a porta da cave se abre. T. despertara.
VII
Ele viera visita-la à prisão. Ela aguardava-o sentada numa sala despida de tudo. Ele entrou e sentou-se na frente dela. Pode começar do início, vim recolher a sua história, sabe que tem direito a um advogado mas prescindiu dele, não quer ser ajudada deduzo que se dá por culpada certo? No seu quintal foram desenterrados doze homens, o que tem a dizer sobre isto senhorita sedutora perigosa?
Ela observava os dentes dele. Como a fascinavam. Sabe que é o único da sua espécie? T. desafiava-se a si mesmo a uma compaixão impossível por esta assassina Como assim? Sou o único? Foi por isso que não me matou ou não teve tempo para cumprir o seu maquiavélico plano, já agora qual era o plano mesmo? Ela respirou fundo e chorou. Levou as mãos à boca dele mas ele afastou-se, esta mulher provocava-lhe arrepios. Ela controlou-se e continuou Acaso já reparou que não tem caninos? Eu também não tenho os meus mas isso é outra história. Todos os homens que habitam o chão têm caninos, por isso são irremediavelmente maus, a menos que lhos sejam arrancados. Deus dotou os homens com a perícia do animal, para que rasgassem a carne e dela se alimentassem. Mas os homens tornaram-se gananciosos, e numa altura em que a terra escasseava de alimento, começaram a comer-se uns aos outros. Deus zangou-se, havia alternativa mas o homem é um ser preguiçoso, não vê além do que está diante dos seus olhos e por isso um dia, Deus lançou sobre a terra o dilúvio e pediu a Noe que construísse a arca, salvando a sua família e um par de cada espécie animal. Essa parte todos nós sabemos, não sabemos é que todos os descendentes de Noe incluindo ele mesmo, não têm caninos. Por isso foram poupados. A marca do mal, entende agora? T. era absolutamente agnóstico e todas estas crendices as via como fraquezas de gente simples sem cultura. No entanto, e como lhe cabia a si recolher a história acenou com a cabeça para que ela continuasse. Gerações passaram e parece que nalguma zona da terra, voltaram a aparecer caninos, como ervas daninhas, proliferando e dominando os de bem. Até que a balança pesou irremediavelmente para o lado do mal e hoje, como lhe disse, é o único homem verdadeiramente descendente de Noe.
Ele desviou o olhar dela ignorando essa atenção tão especial que pendia sobre si. Interessava-lhe ir ao cerne da questão e ele estava precisamente na história dos caninos dela. Compreendo, eu gostava de saber como foi que ficou sem os seus caninos. Interessa-me a sua história porque algo em si me diz que é mais importante que esta cantiga bíblica. O objectivo dele era provoca-la, ira-la para que de ódio desabafasse tudo. E foi precisamente o que aconteceu Você não sabe nada, nada entende? Como pode negar a sua própria essência? A sua natureza tão pura, tão diferente de todos os outros! Eu sei o que é a maldade, se sei. Ele estendeu-lhe um lenço para que limpasse as lágrimas. Eu só tinha quinze anos, era uma menina. E ele veio, todo cheio de encantos, parecia que tinha sido criado nos meus sonhos, tudo nele era perfeito. A pele dele, o cheiro dele, a voz dele, as mãos dele. Não poderia esquece-lo nunca. E T. insistiu Então ele era bom, não tinha caninos portanto? rindo-se gozando-a. Não, ele tinha-os, se tinha, os caninos mais perfeitos e afiados à face da terra. E com eles me arrancou toda a inocência, batendo, todos os dias do nosso casamento, batendo sem piedade nem razão, batendo só por maldade e puro prazer de pisar a fragilidade e cuspir nela. Tanto bateu que um dia foram-me todos os dentes da frente. Dos que me conseguiram devolver à boca implantando, os caninos nunca apareceram. Porque eu já não os merecia entende? Eu era agora má, queria vingança, sentia ódio no peito, maldade da mais pura das maldades. Compreende agora a minha história.
O homem levantou-se enfim satisfeito porque compadecido deixando-lhe um último consolo de apego à terra Compreendo e lamento tudo o que lhe foi feito, mas para que conste, os meus caninos foram-me arrancados por um dentista quando era pequeno porque tinha os dentes grandes demais para a boca que tinha, não me cabiam na boca. Tão simples como isso. Adeus, bela perigosa. E se me permite uma empatia final consigo Que a sua alma tenha descanso, ah e sim, teria amado estar nos seus braços, vivo!
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