quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Pegadas



o elefante chegou tarde demais
a carga pesada nos pés se arrastava
a filosofia antiGanesha rotineira
das rudes gentes de pedra rasteira
-Uma falta de respeito o atraso!
na ponta da tromba uma sineta
para dar as boas graças à colheita
-Está o leite derramado e o ano
agourado. A fatalidade popular!
O tribunal da mente é implacável
uma fábrica de espelhos notável
mas falível, mas mais fácil!
a Roma dos Césares em miopias
de perfeitos deuses que dormem              
na ponta do mundo.
-Como é gigante o fardo de pele!
Foi um flautista que ousou elogio.
E o elefante parou e dobrou-se,
uma vénia de transporte convite.
-Tens a alma de uma criança.
Um pé humano agora à mesma
escala.







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