O pano da barriga da preta vai liso
avinagrado de colheradas de progresso
os chifres lânguidos do rancor das ancas
cruzeiros de trocos de santa combalida.
Criatura agourada pelas tranças apertadas
Semicerra de olhos de perpétua missa
patriótica defensiva pela salvação exército
de fotonovelas de escriba de mão beliscão.
Tem pés de virgem, esmorecidos de napa
a voz esganiçada num dialecto telepático
que apenas uma lágrima deixa no prato.
Iscas à bulhão pato, sardinhas à Gomes Sá
Fiadinho! O galo de Barcelos depenado está.
De âmbar incenso no leito do padre-nosso
setes fodas bem contadas no terço do regaço.
Era caixeiro-viajante antes de o ser mourisco
e na mala um país antes de o ser no registo.
Num ápice, todos saímos de engodas
mais magros que engordas, de parvos a bobos
mais lisos que panos de pretas sem ovo.
É o avinagrado da punheta progressista
que as iscas já não se temperam de véspera.
que as iscas já não se temperam de véspera.
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