quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Elas
não é já madrugada? as persianas
acusam a escuridão da manhã
o dia de ontem ainda é o de hoje
as gatas que roncam nas horas mortas
as roupas que não secam na corda
porque afinal a poesia é mulher
diz que é...para se levantar descalça
e no pó do café acordar a valsa
lenta dos girassóis de costas voltadas
dos jornais das letras contadas
da loiça ainda por lavar na pia
da verdade que espia e se conforma
do roupão o borboto de fora
do cabelo que o branco colora
da pele que a mancha incomoda.
Serão horas? De se vestir de senhora
de saltos crescer por fora
de apertos as formas da cintura
os seios levantados à altura
e os lábios rubros de loucura
Estarão certas?
Não fossem também elas, mulher,
são horas dentro de casa
e outras fora dela.
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