sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

4 paredes da Atlântida


o grande é a multiplicação do pequeno
dos etéreos terrenos a torre celestial
camadas espirituais do redondo globo
acontecimentos e impulsos no plural
o progresso evolucionário, magnânimo
de um tratado de capítulo ulterior
de mundos sucessivos os espíritos
da obscuridade a metamorfose
de um único mundo enfim, possuído.
a maldade. O coração do homem doente.
o primeiro golpe dado na cadeia planetária
ondas dando pelo nome de voltas
átomos individuais, traços, texturas, raças.
um sistema que se limita a si mesmo
e ainda deixando de parte a sorte
a finitude de tudo avançando, finda.
daí a preocupação profética ser areia
que sete vidas terá o felino, mas sete
tons tem a escala do ouvido, tudo é
da mais fixa definição de uma teia
onde o tempo que se conta é passado
e o tempo que se perde com teorias
só serve para os próximos átomos.
e que saber tudo isto só nos turva
a visão microscópica mecatrónica
de impossível controlo remoto.
um ramal de tudo isso é o banal.
a eternidade de um momento feliz.
de total comunhão natural
entidade permanente, matéria astral
que num futuro afastado, ainda em nós
consegue harmonizar todos os factos
da vida terrestre sem doutrina.
Os momentos felizes são livres.
e na história universal, idênticos.
a resposta está na singular rotina
que segue paralela à sua origem.
o verdadeiro domicílio do homem
é a grande ilha que deixa, cíclica,
a que chamará sempre de casa.











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