I
ANÃ VERMELHA
O cio da feiticeira
pintou a cidade de preto,
E colocou em alvoroço
os bombeiros vestidos de repuxo.
As penas das aves agoirentas
servem de bigode a homens,
Reflexivos à beira-rio
de floresta no sobrolho.
E a lua rasga o céu
em posição de gatas,
Com uma lâmina-pau
espetada na conversa.
II
Os ratos andam nervosos de ritmo
Vazios de esperteza, eles avançam
Absortos na certeza dos dentes que têm,
Para roerem em frente.
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